Anais do 13º Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade - 13º  2016
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RESUMO DO TRABALHO

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Clique para abrir o trabalho de código 298, Área Temática: Área VI: Educação

Código: 298

Área Temática: Área VI: Educação

Título: Julgamento dos Discentes de Cincias Contbeis em Relao aos Pronunciamentos Tcnicos do CPC

Resumo:
Propsito do Trabalho:
Nesse processo de convergncia gerado a partir da adoo das normas internacionais de contabilidade, a contabilidade brasileira que era atrelada a regras, passou a ter como base princpios. Esta situao, requer dos contabilistas um certo grau de julgamento, que colocado em prtica nas tomadas de decises dirias, onde deve analisar e julgar o procedimento que deve ser executado. Estes julgamentos so praticados diariamente na rotina dos contabilistas, na interpretao dos fatos contbeis. O processo de convergncia das normas contbeis visa, alm da comparabilidade das demonstraes contbeis, o alcance de informaes com maior qualidade e transparncia (Ernest & Young & Fipecafi, 2011). Esta pesquisa se assemelha aos estudos de Takakura (1992), Almeida (2012), Almeida e Lemes (2013), Toigo, Gollo e Cunha (2014) e Toigo et al. (2014). O objetivo geral desta pesquisa analisar a percepo dos acadmicos do curso de cincias contbeis de duas instituies de ensino superior privadas sobre o julgamento e a interpretao dos Pronunciamentos Tcnicos do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) relacionado aos Custos de Emprstimos (CPC 20) e ao Ativo Imobilizado (CPC 27).

Base da plataforma terica:
Julgamento nada mais do que a opinio sobre um determinado assunto, e na rea da contabilidade este assunto vem angariando espao cada vez mais importante. Oro e Rosa (2013, p.3) afirmam que na rea contbil o julgamento corresponde aos fatos contbeis pelos profissionais da contabilidade no que tange ao processo de mensurao e reconhecimento da informao, o xito depende do nvel de conhecimento do assunto, ou bases confiveis para estimar os definir critrios claros e objetivos. Desta forma, adotar um julgamento correto para auxiliar na tomada de deciso faz com que seja relevante o nvel de conhecimento sobre o assunto estudado. A contabilidade brasileira tem sido influenciada pelos limites e critrios fiscais. Estes apesar das contribuies e dos bons efeitos surtidos, tem imposto limites evoluo, ou, ao menos inibiu adoo prtica dos Princpios de Contabilidade, isso porque a contabilidade era realizada por muitas empresas, tendo por base os preceitos da normatizao fiscal, que dispunha de critrios contbeis apropriados para esta finalidade (Iudcibus et al., 2010). Com a aderncia da contabilidade brasileira as normas internacionais de contabilidade as formas de contabilizao esto comeando a mudar. Estas mudanas no consistem apenas em um processo operacional, mas conceitos culturais que devero ser modificados (Toigo, Gollo, & Cunha, 2014). A contabilidade antes baseada em regras passa a ser fundamentada nos princpios contbeis (Dantas et al., 2010), e ainda considera a natureza de um sistema contbil com base em princpios, emergindo a figura do julgamento, tendo em vista que a normatizao abre espao para a interpretao (Toigo, Gollo & Cunha, 2014). A partir dos julgamentos realizados pelas pessoas com conhecimentos especficos sobre as normas internacionais de contabilidade tendem a ser diferentes daqueles efetuados pelos profissionais que no dispem da mesma compreenso do tema, uma vez que os contabilistas que esto familiarizados com as normas contbeis tendem a interpret-las de forma mais consistente do que os que esto menos familiarizados (Asare, & McDaniel, 1996; Chand, Patel, & Patel, 2010). Depreende-se neste sentido que a adoo das IFRS, no necessariamente implica na extino de tratamentos contbeis diferentes entre os pases, mas decorrem da interpretao alcanada em relao temtica analisada, alm da qualidade e confiabilidade das informaes que acarretam no desenvolvimento das prticas contbeis.

Mtodo de investigao:
Na metodologia, optou-se por uma pesquisa descritiva, de levantamento ou survey com uma abordagem quantitativa das informaes. A populao do estudo compreende 137 acadmicos do curso de cincias contbeis de uma instituio de ensino superior privada com sede no oeste de Santa Catarina. Destaca-se que a amostra contempla 95 acadmicos que responderam o instrumento de pesquisa aplicado presencialmente em sala de aula durante o ms de maio de 2015. Na coleta de dados utilizou-se um instrumento de pesquisa composto por duas sees. A primeira contempla as informaes complementares quanto aos respondentes por meio da idade, gnero, semestre do curso, alm de identificar se o aluno possui experincia na rea contbil, seu tempo de experincia na rea, sua familiaridade com as normas internacionais de contabilidade e quais normas so utilizadas no seu cotidiano, sendo estas questes elaboradas com base nos estudos de Chand, Patel e Patel (2010), Almeida (2012) e Toigo et al. (2014). Nesta seo, se utilizou de questes objetivas fechadas para mensurar a percepo dos respondentes. E na segunda foi composta por quatro casos que visam identificar o julgamento e a interpretao dos acadmicos analisados, para cada caso tem-se uma situao referente aplicao dos CPCs 20 e 27, em escala Likert com cinco pontos que varia do discordo plenamente (DP) 1, discordo (D) 2, neutro (N) - 3, concordo (C) 4, e concordo plenamente (CP) - 5. Destaca-se ainda que se realizou um pr-teste em duas empresas prestadoras de servios contbeis onde este instrumento foi respondido por 12 profissionais com o propsito de identificar a interpretao das questes para que os ajustes sugeridos fossem realizados. Os resultados foram analisados a partir do auxlio da estatstica descritiva simples e a utilizao de mtodos estatsticos univariados.

Resultados, concluses e suas implicaes:
Em relao ao julgamento, ficou claro a disparidade nas respostas em todas as fases, no primeiro caso, a 1 fase e a 7 fase obtiveram destaque, porm com uma porcentagem baixa de acertos. No caso 2, a 9 fase apresentou 50% das alternativas neutro e concordo, comparando com amostra total foi a fase que obteve o melhor resultado, pois no obteve muitas oscilaes nas respostas. E no caso 3, a 7 fase destacou-se em relao as demais, uma vez que apresentou 6% das respostas na alternativa correta e as outras fases mantiveram uma mdia de 19% a 25% na resposta concordo. E por fim, o caso 4, a 3 fase obteve o melhor resultado que equivale a 13%, a 1 fase 3% e a 5 fase 6% na resposta correta do caso, quanto a resposta concordo todas as fases se mantiveram em 17% a 22%. Conclui-se que o julgamento dos discentes ainda incipiente em relao aos CPCs estudados, pois as respostas concentraram-se na alternativa N-Neutro e ainda, observou-se uma disparidade na percepo dos alunos analisados. Os achados desta pesquisa se assemelham aos estudos de Takakura (1992), Almeida (2012), Almeida e Lemes (2013) e Toigo, Gollo e Cunha (2014) o que demonstra que os acadmicos necessitam de incentivos a interpretao e julgamento para a correta interpretao dos pronunciamentos tcnicos na rea contbil afim de auxili-los futuramente no desempenho de suas atividades profissionais. Como sugesto de pesquisa para novos estudos, sugere-se a realizao de estudos para aferir a percepo de estudantes de outras instituies privadas, com uma quantidade maior de alunos para adotar uma anlise aprofundada com o auxlio de mtodos quantitativos multivariados para a anlise das respostas.

Referncias bibliogrficas:
Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC). (2012). Pronunciamento Tcnico CPC 46 Mensurao do Valor Justo. Recuperado em 5 setembro, 2014, de http://static.cpc. mediagroup.com.br/Documentos/395_CPC%2046%20_final.pdf. Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC). (2011). Pronunciamento Tcnico CPC 20 Custo de Emprstimos. Recuperado em 5 setembro, 2014, de http://static.cpc. mediagroup. com. br/Documentos/281_CPC20_R1.pdf. Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC). (2010). Pronunciamento Tcnico CPC 01 - Reduo ao Valor Recupervel de Ativos. Recuperado em 5 setembro, 2014, de http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/27_CPC_01_R1_rev%2005.pdf. Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC). (2009). Pronunciamento Tcnico CPC 27 Ativo Imobilizado. Recuperado em 5 setembro, 2014, de http://static.cpc. Media group. com.br/ Documentos/ 316_CPC_27_rev%2003.pdf.

 

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