Anais do 16º International Conference in Accounting - 16º  2016
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Código: 215

Área Temática: Área VI: Educação

Título: ESTILOS DE APRENDIZAGEM: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS CURSOS DE CONTABILIDADE E ADMINSTRAO EM UMA IES.

Resumo:
Propsito do Trabalho:
Os estilos de aprendizagem esto relacionados a um estado duradouro e estvel das transaes entre o indivduo e o meio ambiente em que est inserido. Nesse contexto, este estudo tem dois objetivos: 1) evidenciar os estilos de aprendizagem dos alunos de Cincias Contbeis (CIC) e Administrao (ADM) em uma IES, e 2) verificar se o perfil dos acadmicos exerce influncia nesses estilos. A metodologia consistiu na utilizao do inventrio de Kolb para definio dos estilos de aprendizagem preponderantes nos cursos, assim como de tcnicas quantitativas, com suporte do software SPSS 21.0, para verificao da influncia entre o estilo e perfil dos acadmicos, atravs da Anlise Fatorial (AF) e de Componentes Principais (ACP). Os dados indicaram que, em ambos os cursos, o estilo preponderante foi o assimilador, seguido do convergente em CIC e do acomodador em ADM. A AF revelou que a maioria das variveis, possuem poder de explicao dos 4 fatores em CIC e 3 fatores em ADM, demonstrando a relao existente entre o perfil e o estilo assimilador da maioria dos acadmicos. A ACP indicou que praticamente todas as variveis, exceto tempo de estudo, apresentaram fatores associativos positivos e que a varivel gnero, em ambos os cursos, e disciplina (s) no aprovada (s) direta (s) em CIC, no se relacionaram aos fatores dos grupos. Os achados desse estudo corroboram, em parte, com pesquisas na rea, trazendo novas evidenciaes se comparados com outros trabalhos realizados.

Base da plataforma terica:
De acordo com Jung (1981), deve-se prever que os indivduos possuem diferentes maneiras de perceber e de processar a informao, fato este que implica em diferentes processos de aprendizagem e formas de recolher e processar as informaes. Para o autor, esses processos requerem o conhecimento do conceito referente aos estilos de aprendizagem. Os estilos de aprendizagem podem ser influenciados por exigncias ambientais e, portanto, resultados obtidos na abordagem de profissionais e estudantes, em uma disciplina especifica, podem ser diferentes (Kruzich, Frieses & Van Soest, 1986). Nesse contexto, David Kolb desenvolveu um modelo que trouxe tona termos relacionados teoria experiencial em que a aprendizagem construda a partir da experincia de vida do indivduo em interao com o meio ambiente, compreenso da experincia e de sua transformao (Kolbi, 1976). A teoria de Kolb (1976) sugere que os indivduos aprendem em diferentes graus de experincia concreta, reflexo, abstrao e experimentao. Segundo Cerqueira (2000, p.53), a teoria de aprendizagem experiencial de Kolb descreve o estilo de aprendizagem como sendo um estado duradouro e estvel que deriva de configuraes consistentes das transaes entre o indivduo e o seu meio ambiente. Dentre os trabalhos que buscam evidenciar os estilos de aprendizagem predominantes em alunos, atravs de variados mtodos (Mckee, Mock e Ruud, 1992; Cerqueira, 2000; Cornachione Junior, 2004; Garland e Martin, 2005; Leite Filho et al, 2006; Loo, 2010; Cordeiro e Da Silva, 2012), verificam-se diferentes concluses, abrindo um espao para estudos que visem atestar os resultados e/ou apresentar novas evidenciaes e percepes. Segundo Given (2002, p. 175) A identificao dos estilos de aprendizagem torna-se importante no sentido de estimular uma ligao entre o ensino e os modos como os alunos preferem aprender e, dessa forma, demonstrar melhores resultados e um desejo mais forte de aprender. O estilo de aprendizagem de um acadmico pode ser considerado de forma entrelaada, como tambm interdependente no aspecto da evoluo das caractersticas de cada pessoa, tais como em sua personalidade, na forma de processar as informaes, nas preferncias que contemplam a interao social, o ambiente ou grupo de estudo e as preferncias especficas pessoais de aprendizagem (Curry, 1983). De acordo com Kolb (1984, p. 24), os estilos de aprendizagem podem ser definidos como um estado duradouro e estvel que deriva de configuraes consistentes das transaes entre o indivduo e o meio ambiente. Segundo o autor, esse modelo oferece um ponto de vista diferente das teorias de aprendizagem subjacentes aos mtodos educacionais. De acordo com Wilcoxson e Prosser (1996), os indivduos possuem um estilo de aprendizagem preferido resultante da tendncia de aprender seja atravs de Concrete Experience (CE) ou da construo de referenciais tericos Abstract Conceptualizao (AC),combinada com a tendncia de aprender, quer atravs da Active Experimentao (AE) ou atravs da Reflective Observation (RO). Para os autores, estes estilos de preferncia da aprendizagem so descritos por Kolb (1976, 1984) como Divergente (CE/RO), Assimilador (RO/AC), Convergente (AC/AE) e Neutro (AE/CE), estando previsto por ele, como caractersticas de personalidade, para ser relativamente estvel ao longo do tempo, embora seja influenciado por fatores conjunturais de curto prazo e por nvel de maturidade.

Mtodo de investigao:
A pesquisa consistiu na aplicao de um questionrio fechado, dividido em 2 partes. Na primeira parte foram feitas 8 perguntas que buscaram identificar questes relacionadas ao gnero, semestre cursado, rea de atuao profissional, tipo de empresa, tempo de dedicao aos estudos extra sala, nmero de disciplinas em que no ocorreu a provao direta e nmero de disciplinas reprovadas. A segunda parte consistiu em identificar o estilo de aprendizagem (Kolb e Fry, 1975; Kolb, 1976, 1984) predominante dos acadmicos entrevistados, subdividido em 12 sentenas que buscam identificar a maneira pela qual o aluno aprende e a forma como lida com as ideias e as situaes do dia-a-dia. As sentenas so classificadas de 4 a 1, onde 4 representa a melhor forma de aprendizagem, seguida das demais classificaes e 1 que significa a maneira menos provvel de aprendizado. Adicionalmente a metodologia de Kolb, utilizou-se a tcnica da estatstica multivariada com abordagem da AF e ACP, com suporte do software SPSS 21.0. Para Corrar, Paulo e Filho (2012) as tcnicas da estatstica multivariada permite a anlise conjunta das variveis e a influncia/importncia de cada uma destas. A AF Exploratria caracteriza-se por no exigir do pesquisador o conhecimento prvio da relao de dependncia entre as variveis [...] o pesquisador analisa, entende e identifica uma estrutura de relacionamento entre as variveis a partir do resultado da anlise fatorial (Corrar, Paulo e Filho, 2012, p. 80). Segundo Fvero (2009, p. 240) para que a utilizao da AF seja adequada, o pesquisador deve efetuar os seguintes passos: analisar a matriz de correlaes, verificar a estatstica KMO e o teste de esfericidade de Bartlett e analisar a matriz de anti-imagem. Ainda segundo o autor, a matriz de correlaes mede a associao linear entre as variveis, por meio do coeficiente de correlao de Pearson [...] o teste de esfericidade de Bartlett avalia a hiptese de que a matriz das correlaes pode ser a matriz identidade com determinante igual a 1 onde o KMO mais prximo de 1 indica adequao da AF [...] quando a matriz de correlao anti-imagem contm os valores negativos das correlaes parciais, pode ser um indcio da necessidade de eliminao de determinada varivel do modelo em estudo.

Resultados, concluses e suas implicaes:
Dos acadmicos de CIC, 11% (13) atuam na rea contbil, 62% (72) em outra rea e 27% (30) so apenas estudantes. Sobre o tipo de empresa em que atuam aqueles que trabalham, 83% (74) esto em empresas privadas e 13% (11) em empresas pblicas. No que se refere as horas de estudo semanais extra sala, 34% (39) dedicam at 1 hora, 54% (61) de 2 a 4 horas, 7% (10) de 5 a 7 horas, 3% (3) de 8 a 10 horas e 2% (2) acima de 10 horas. Quanto a no obteno de aprovao direta, 13% (15) estavam entre 1 a 2 disciplinas, 1% (1) entre 3 a 4, 1% (1) entre 4 a 5 e 2% (2) acima de 5 disciplinas. J, quanto ao nmero de reprovaes, 6% (7) estavam entre 1 a 2 disciplinas e 1% (1) acima de 5 disciplinas. Por sua vez, no curso de ADM, verificou-se que 37% (21) dos acadmicos tem at 20 anos de idade, 50% (28) de 21 a 25 anos, 9% (5) de 26 a 30 anos e 4% (2) acima de 30 anos. Quanto a gnero, 71% (40) so do sexo feminino e 29% (25) do masculino. O teste de KMO apresentou o resultado de ,558 em CIC e ,509 em ADM que, embora seja considerado baixo, possui um relativo grau de explicao dos fatores (Hair et al, 1998) e variveis. O teste de esfericidade de Bartlett indica que existe relao suficiente entre os indicadores para a aplicao da AF uma vez que que o teste de significncia em ambos foi de 0,000 (Fvero,2009), validando a amostra (Sig. <0,05). A matriz anti-imagem indica o poder de explicao dos fatores (Fvero, 2009) em cada uma das variveis analisadas, tal como constatado nas medidas de Kaiser e qui-quadrado. A diagonal da parte inferior da tabela (correlao anti-imagem) indica o MSA (measure of sampling adequacy) para cada uma das variveis analisadas. Os valores inferiores a 0,5 so considerados muito pequenos para anlise. A matriz de ACP demonstra que, no caso de CIC, o componente 1 composto, principalmente, pelas variveis perodo (,719), tipo de empresa (-,598), idade (,545) e atuao profissional (-,538); no componente 2 pela reprovao (,667), no aprovao direta (,637), atuao profissional (,636)) e tipo de empresa (,619); no componente 3 pelo assimilador (,779) e no componente 4 pelo tempo de estudo (0,884). J, em ADM, o componente 1 composto principalmente pelas variveis atuao profissional (,809), tipo de empresa (,771) e assimilador (,529); no componente 2 pela idade (,604), tempo de estudo (-,577) e reprovao (,569) e, no componente 3 pela no aprovao direta (-,565) e perodo (,551) Na anlise da influncia do perfil dos entrevistados sobre o estilo preponderante sobre os cursos, com base na anlise fatorial, percebeu-se que no teste de KMO, os resultados, em ambos os casos, apresentaram um relativo grau de explicao dos fatores. A matriz anti-imagem demonstrou que a maioria das variveis, em ambos os cursos, possuem poder de explicao dos fatores, demonstrando a relao existente entre o perfil e a caracterstica assimiladora da maioria dos acadmicos. Com relao ao grau de explicao da varincia total em CIC, foram encontrados que 4 fatores principais que representam o grupo, enquanto que em ADM foram obtidos 3 fatores que melhor representam a amostra total das associaes entre as variveis. A matriz de componente, em ambos os casos, demonstrou que as variveis idade, perodo, atuao profissional, tipo de empresa, tempo de estudo, no aprovao direta, reprovao e caracterstica assimiladora, encontrada nos cursos de CIC e ADM, expressaram as composies entre os fatores, atravs de associaes entre as mesmas. Nesse item, em ambos os cursos analisados, apenas a varivel gnero no pode expressar carga satisfatria positiva ou negativa para explicao dos fatores. Aps a rotao dos fatores, percebeu-se as melhores associaes entre os fatores encontradas no curso de CIC e em ADM, e que praticamente todas as variveis apresentaram com carga positiva, exceto o tempo de estudo que se associou negativamente ao fator em que esteve alocada. A varivel gnero, em ambos os cursos, e a varivel disciplina (s) no aprovada (s) direta (s), no caso do curso de CIC, no puderem expressar nmeros satisfatrios relacionados aos fatores.

Referncias bibliogrficas:
Butler, K. A. (1996). Learning and teachings tyle in the or yand practice. Columbia, CT: The Learner's Dimension. Cerqueira, T. C. S. (2000). Estilos de aprendizagem em universitrios. Campinas. Tese de Doutorado em Educao Faculdade de Educao, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas. Claxton, C. S. & Murrell, P. H. (1987). Learning Styles: Implications for Improving Educational Practices. ASHE-ERIC Higher Education Report, n. 4. Cordeiro, R. A. & Da Silva, A. B. (2012). Os estilos de aprendizagem influenciam o desempenho acadmico dos estudantes de finanas? Revista de Administrao da UFSM, 7 (5), pp. 243-261. Cornachione Jnior, E. B. (2004). Tecnologia da educao e cursos de Cincias Contbeis: modelos colaborativos virtuais. 383 p. Tese (Livre Docncia) - Faculdade de Economia, Administrao e Contabilidade da Universidade de So Paulo - USP, So Paulo. Givem, B. K. (2002). The overlap between brain research andres earchonl earnings tyle, In S. J. Armstrong et al. (Eds.). Learning Styles: Realibility&Validity, Proceedings of he 7 th Annual ELSIN Conference. Ghent: GhentUniversity. Belgium& ELSIN, pp. 173-178. Griggs, S. A. (2003). Learning Styles Counseling ERIC Digest. ERIC Clearinghouse on Counseling and Personnel Services. Ann Arbor. Keefe, W. J. (1982). Student Learning Styles and Brain Behavior. In Programs, Instrumentation and Research. Reston. National Association of Secondary Scholl. Kolb, D. A. & Fty, R. (1975). Toward an apllied theory of experiential learning. In: C. Cooper (ed) Theories of Group Process. London: John Wiley. Kolb, D. A. (1976). The learningstyleinventory: technical manual. Boston: Ma.McBer. ________ (1984). Experimental Learning: experience as the source of learning and development. New Jersey, Prenticce-Hall, Englewood, Cliffs. Kruzich, J. M., Friesen, B. & Van Soest, D. (1986). Assessment of Student and Faculty Learning Styles: Research and Application. Journal of Social Work Education, 3, pp. 21-30. Leite Filho, G. A., Batista, I. V. C., Paulo Jnior, J. & Siqueira, R. L. (2006). Estilos de aprendizagem X desempenho acadmico uma aplicao do teste de Kolb em acadmicos no curso de cincias contbeis. Montes Claros: Fipecafi. Mckee, T. E., Mock, E. J. & Ruud, T. F. A. (1992). A comparison of Norwegian and United States accounting students' learning style preferences. Accounting Education, 1 (4), pp. 321-41. Wilcoxson, L. & Prosser, M. (1996). Kolbs Learning Style Inventory: review and further study of validity and reliability. British Journal of Educational Psychology, n. 66, pp. 247-25

 

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