Anais do 16º International Conference in Accounting - 16º  2016
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RESUMO DO TRABALHO

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Clique para abrir o trabalho de código 46, Área Temática: Área III: Contabilidade Financeira

Código: 46

Área Temática: Área III: Contabilidade Financeira

Título: Fatores macroeconmicos e institucionais e seus efeitos sobre a estrutura de capital de empresas latino-americanas

Resumo:
Propsito do Trabalho:
Examinar a influncia de fatores macroeconmicos e institucionais na determinao da estrutura de capital de empresas latino-americanas.

Base da plataforma terica:
O estudo das variveis macroeconmicas e institucionais determinando o endividamento das empresas relativamente recente quando comparado com outras abordagens tericas da literatura de estrutura de capital. Autores como La Porta et al. (1998), Booth, Aivazian, Demirg-Kunt e Maksimovic (2001), Jong, Kabir e Nguyen (2008), Ramirez e Kwok (2010), Zheng, El Ghoul, Guedhami e Kwok (2012) e Jeveer (2013) estudaram e confirmaram a importncia da varavel firma para determinar a estrutura de capital das empresas, mesmo em cenrios macroeconmicos distintos, porm, a varivel firma comporta-se de maneiras diferentes nestes ambientes, apontando a significncia dos aspectos institucionais. No Brasil, estudos recentes tm analisado as variveis institucionais e macroeconmicas e obtiveram resultados importantes, como Terra (2007), Bastos, Nakamura e Basso (2009), Kayo e Kimura (2011), Valle e Albanez (2012), Santos (2013) e Martins e Terra (2014). Ressalta-se que, considerando as diferentes abordagens e modelagens economtricas, no h um consenso nos trabalhos sobre a representatividade dos fatores institucionais frente aos fatores caractersticos de firma. Dado o cenrio apresentado, surge o propsito deste trabalho, que tem como plataforma terica as teorias sobre decises de financiamento e estrutura de capital das empresas.

Mtodo de investigao:
A amostra investigada foi composta por companhias abertas pertencentes a seis pases latino americanos: Argentina, Brasil, Chile, Colmbia, Mxico e Peru, analisadas durante o perodo 2009-2014. Foram utilizados modelos hierrquicos lineares (ou regresso multinvel) para tratamento dos dados, que consideram quatro indicadores de alavancagem como variveis dependentes e variveis explicativas de firma (caractersticas das empresas) e pas (fatores macroeconmicos e institucionais).

Resultados, concluses e suas implicaes:
Como principais resultados, verifica-se que tanto as variveis representativas de caractersticas de firma, quanto as variveis representativas de pases, so importantes determinantes da estrutura de capital das empresas. No entanto, as variveis de firma explicam um percentual de varincia muito maior. Dentre as variveis de firma, cabe destacar o peso do coeficiente da varivel rentabilidade, ou sua significncia econmica, bem como a manuteno da significncia e persistncia do sinal negativo da varivel liquidez, em todos os modelos analisados. Ambas as variveis corroboram a teoria de pecking order, em que empresas mais rentveis e com maior folga financeira precisariam menos de financiamento externo, apresentando menor alavancagem. A varivel tamanho tambm se mantm significativa na maioria dos modelos, com sinal positivo, corroborando a teoria de trade-off, em que empresas maiores e mais diversificadas possuem maior capacidade de financiamento (e consequentemente, maior alavancagem) devido a sua menor probabilidade de default. Dentre as variveis de pas, todas mantm os sinais e significncia dos coeficientes em todos os modelos. As variveis crescimento do PIB e taxa de inflao apresentaram os maiores coeficientes e a relao esperada com a alavancagem, sendo que quanto maior o crescimento do PIB, menor a alavancagem e, quanto maior a taxa de inflao, maior a alavancagem, como verificado por Bastos et al. (2009). No entanto, quando as variveis de pas so adicionadas aos modelos com variveis de firma (modelo completo), apesar de permanecerem todas significativas para explicar a alavancagem das empresas de cada pas, perdem a significncia para explicar a variao da alavancagem entre os pases. Estes resultados podem ter sido gerados devido similaridade dos contextos econmicos dos pases analisados. Provavelmente, em futuros trabalhos, caso sejam inseridos na anlise pases com caractersticas macroeconmicas e institucionais muito distintas, o resultado possa se alterar significativamente. Outra possibilidade a de que as caractersticas de pases, e seus efeitos sobre a alavancagem, j estejam refletidos nas caractersticas de firma, levando a este resultado. Por isso, ressalta-se que ainda h muito a ser feito para anlise dos efeitos de fatores institucionais sobre a estrutura de capital das empresas. Assim sendo, a hiptese da pesquisa confirmada, ratificando que os fatores institucionais so importantes determinantes da estrutura de capital das empresas nos diferentes pases.

Referncias bibliogrficas:
Bastos, D. D., Nakamura, W. T., & Basso, L. F. C. (2009). Determinantes da estrutura de capital das companhias abertas na Amrica Latina: um estudo emprico considerando fatores macroeconmicos e institucionais. Revista de Administrao Mackenzie RAM, 10(6), 47-77. Booth, L., Aivazian, V., Demirg-Kunt, A., & Maksimovic, V. (2001). Capital structures in developing countries. The Journal of Finance, LVI(1), 87-130. Brito, R. D., & Silva, J. C. G. (2005). Testando as previses de trade-off e pecking order sobre dividendos e dvida para o Brasil. Estudos Econmicos (IPE/USP), 35(1), 37-79. Carvalho, A. G. (2009). The effect of institutions on the external financing of Brazilian firms. Revista Brasileira de Finanas, 7(1), 127. Fama, E. F., & French, K. R. (2002). Testing trade-off and pecking order predictions about dividends and debt. Review of Financial Studies, 15(1), 1-33. Jeveer, K. (2013). Firm, country and macroeconomic determinants of capital structure: Evidence from transition economies. Journal of Comparative Economics, 41(1), 294308. Jong, A., Kabir, R., & Nguyen, T. (2008). Capital structure around the world: The roles of firm and country specific determinants. Journal of Banking and Finance, 32(9), 1954-1969. Kayhan, A., & Titman, S. (2007). Firms histories and their capital structures. Journal of Financial Economics, 83(1), 1-32. Kayo, E. K., & Kimura, H. (2011). Hierarchical determinants of capital structure. Journal of Banking & Finance, 35(2), 358-371. La Porta, R., Lopez-de-Silanes, F., Shleifer, A., & Vishny, R. (1998). Law and Finance. Journal of Political Economy, 106(6), 1113-1155. Martins, H. C., & Terra, R. S. (2014). Determinantes nacionais e setoriais da estrutura de capital na Amrica Latina. Revista de Administrao Contempornea RAC, 18(5), 577-597. Medeiros, O. R., & Daher, C. E. (2008). Testando teorias alternativas sobre a estrutura de capital nas empresas brasileiras. Revista de Administrao Contempornea RAC, 12(1), 177-199. Mendes, E. A., Basso, L. F. C., & Kayo, E. K. (2009). Estrutura de capital e janelas de oportunidade: testes no mercado brasileiro. Revista de Administrao Mackenzie RAM, 10(6), 78-100. Modigliani, F., & Miller, M. H. (1958). The cost of capital, corporation finance and the theory of investment. The American Economic Review, 48(3), 261-297. Modigliani, F., & Miller, M. H. (1963). Corporate income taxes and the cost of capital: a correction. The American Economic Review, 53(3), 433-443. Myers, S. C. (1984). The capital structure puzzle. The Journal of Finance, 39 (3), 575-592. Myers, S. C. (2001). Capital structure. The Journal of Economic Perspectives, 15(2), 81 102. Myers, S. C., & Majluf, N. S. (1984). Corporate financing and investment decisions when firms have information that investors do not have. Journal of Financial Economics, 13(2), 187-221. Ramirez, A., & Kwok, C. C. Y. (2010). Settling the debate on multinational capital structure using the CEPR measure. Journal of Multinational Financial Management, 20(4-5), 251-271. Valle, M. R., & Albanez, T. (2012). Juros altos, fontes de financiamento e estrutura de capital: o endividamento de empresas brasileiras no perodo 1997-2006. Revista de Contabilidade e Organizaes, 6(16), 49-72. Zheng, X., El Ghoul, S., Guedhami, O., & Kwok, C. C. Y. (2012). National culture and corporate debt maturity. Journal of Banking & Finance, 36(2), 468488.

 

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