Resumo: A avaliação de investimentos tem apresentado crescente relevância em atividades internas e externas às organizações. Diversos fatores podem ter contribuído para o aumento da eficiência do mercado de capitais brasileiro e do poder explicativo dos modelos de avaliação a partir da década de 1990, quando a implementação do Plano Real deu início à estabilização econômica no Brasil e houve a acentuação do processo de internacionalização dos mercados financeiros e de capitais. Em contrapartida, crises econômicas e episódios eufóricos ou de pânico nos mercados de capitais podem ter influenciado negativamente esse poder explicativo. O objetivo desta pesquisa quantitativa descritiva com dados secundários foi mensurar e analisar criticamente o coeficiente de determinação de modelos de estimação do valor intrínseco das ações negociadas na Bovespa. Utilizaram-se três modelos de avaliação: Desconto de Fluxos de Caixa para o Acionista (FCLA), Lucro Residual para o Acionista (LucRA) e Ohlson e Juettner-Nauroth (OJ). Apesar de ser frequentemente utilizado em pesquisas quantitativas, o coeficiente de determinação não se revelou uma medida confiável do poder explicativo dos modelos, em virtude do efeito escala e da violação de pressupostos das regressões MQO. Sugere-se a realização de novas pesquisas visando solucionar a questão da escala das variáveis e desenvolver medidas do poder explicativo que possibilitem a comparação do desempenho dos modelos de avaliação em análises intertemporais ou em cortes transversais. |