Resumo: O objetivo deste artigo é investigar, sob a perspectiva da Teoria da Sinalização, a influência da adoção de práticas diferenciadas de governança corporativa sobre a acurácia das previsões individuais dos analistas de investimento do mercado brasileiro. Buscou-se essa relação em virtude da ausência de uma teoria bem desenvolvida a respeito da natureza complexa e multidimensional da governança corporativa. A acurácia das previsões individuais dos analistas foi mensurada a partir de metodologias propostas na literatura. Como proxy para adoção de práticas diferenciadas de governança corporativa foram utilizados os níveis diferenciados de governança corporativa da Bovespa. A amostra foi composta por 105 empresas (financeiras e não-financeiras) com ações negociadas na Bovespa e que possuíam cobertura regular dos analistas de mercado, durante o período de 2000 a 2008. De acordo com os resultados, há evidências de que a governança corporativa influencia positivamente a acurácia das previsões individuais dos analistas de investimento. Desse modo, pode-se considerar que a governança corporativa representa um sinal positivo emitido pelas empresas ao mercado de capitais, capaz de influenciar a acurácia das previsões individuais dos analistas de investimento do mercado brasileiro, e que esses sinais representam parâmetros na mudança da probabilidade condicional que definem as crenças, tanto dos analistas na elaboração de suas previsões, quanto dos investidores na escolha de seus investimentos. |