Resumo: Aparentemente, uma das formas de reduzir o risco (volatilidade) de um investimento em ações seria a divulgação de informações mais completas sobre a empresa, reduzindo a incerteza derivada da assimetria informacional, de modo que os usuários externos pudessem tomar melhores decisões acerca de seus investimentos. Portanto, a priori, o nível de disclosure corporativo e a volatilidade deveriam possuir uma relação inversa. Este trabalho procurou testar empiricamente tal relação e teve como objetivo de pesquisa identificar o impacto do nível de disclosure corporativo na volatilidade das ações de companhias abertas no Brasil. A amostra do estudo é composta pelas 100 maiores companhias abertas e não financeiras com ações negociadas na BM&FBOVESPA. A análise do disclosure foi realizada a partir das Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFPs), dos exercícios findos em 2006, 2007 e 2008 por meio da análise de conteúdo. Para isso, utilizou-se uma métrica composta por 89 itens, dividida em duas grandes dimensões: econômica (42) e socioambiental (47). As análises dos resultados evidenciaram que o nível de disclosure corporativo impacta na volatilidade das ações das empresas. Isso ocorre principalmente com o disclosure econômico e com o disclosure total (econômico + socioambiental). Já o disclosure socioambiental, apesar de também possuir relação inversa com a volatilidade, não é estatisticamente significativo. |