Resumo: Com o desenvolvimento do mercado de capitais os usuários externos passaram a demandar mais informações das empresas e de forma tempestiva, nesse contexto houve a necessidade de modernização das práticas contábeis na geração da informação. Com o intuito de produzir dados mais úteis para os acionistas, clientes, fornecedores, etc. a Contabilidade adotou o valor justo (fair value) para a avaliação dos instrumentos financeiros. No entanto, existem questões que permeiam a escolha deste critério de avaliação no que tange a relevância e confiabilidade dos valores gerados por esse critério e se esse impacto é percebido pelo mercado. O presente artigo tem como objetivo verificar a relevância da aplicação do valor justo sobre instrumentos financeiros de empresas não-financeiras no preço de suas ações. Para tanto, foi utilizado o modelo proposto por Costa Junior et al. (2009) que deriva do modelo de Ohlson (1995) para avaliar de forma empírica a relevância da informação contábil no valor da empresa. A amostra estudada foi composta de 15 companhias não-financeiras classificadas como as empresas de maior valor de mercado segundo a Revista Exame Melhores e Maiores de 2008. Como resultado, constatou-se que o valor justo não é uma variável significativa na explicação da formação do preço das ações das empresas estudadas. |