Resumo: Anualmente, no Brasil, as revistas: “Exame” e “Você S/A elegem por meio de pesquisa e avaliação, usando parâmetros científicos por elas definidas, as melhores empresas para se trabalhar no país. Os Professores Fulmer, Gerhart e Scott (2003), em seu artigo intitulado: ”Are the 100 best better? An empirical investigation of the relationship between being a "great place to work" and firm performance”, argumentaram que relações positivas com os empregados podem ser consideradas como ativos intangíveis e uma fonte de vantagem competitiva para a empresa. Eles analisaram o desempenho das 100 melhores empresas para se trabalhar nos EUA, comparando-o com uma amostra de empresas similares. As suas analises, sugeriram que companhias listadas entre as 100 melhores desfrutam não apenas de atitudes de força de trabalho estáveis e altamente qualificadas, mas também vantagens de performance acima das obtidas em empresas semelhantes a elas. Este estudo replica o trabalho de Fulmer, Gerhart e Scott (2003), comparando o desempenho das “Melhores para se Trabalhar” (MEPT) no Brasil com uma amostra de empresas das “Melhores e Maiores” (MM). Como “Proxy” do desempenho, utilizou-se os indicadores ROE (Return on equity), ROA (Return on Asset) , EVA® (Economic value added), EBITDA e Riqueza Criada. As médias desses indicadores, das duas populações foram submetidas a análise estatística, aplicando-se, conforme o caso, o Teste “t”, ou o Teste Não Paramétrico de Médias de Mann-Whitney. A Hipótese Fundamental testada foi: O retorno financeiro para o proprietário do capital das MEPT é maior do que o daquelas que não figuram na relação de MEPT. Não foi possível encontrar evidências nos indicadores testados que pudessem dar sustentação a essa hipótese. |