Resumo: O principal objetivo da implantação do rodízio de auditores independentes foi a preservação da independência do auditor externo, e a conseqüente diminuição das fraudes e dos erros contábeis. Para investigar se o procedimento foi eficaz, desenvolveram-se neste artigo diversos testes e análises voltados para as companhias abertas brasileiras, no período entre 1997 a 2007. Utilizando o AWCA – Abnormal Working Capital Accruals de DeFond&Park (2001) e informações referentes aos auditores independentes coletadas no site da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, foram analisados os efeitos no gerenciamento de resultados da troca de empresa de auditoria, enfocando-se, principalmente, o motivo da troca (rodízio obrigatório da CVM ou troca espontânea), classificação da empresa de auditoria em Big Four (PwC, DTT, E&Y e KPMG) e o tempo de relacionamento (audit tenure). De acordo com os resultados, com ou sem rodízio de auditores independentes, a proxy de gerenciamento de resultados não apresentam diferenças significativas. Entretanto, o gerenciamento de resultados das empresas auditadas por Big Four é significativamente menor. Vale salientar que essas empresas de auditoria classificadas como as Big Four possuem práticas de rodízio de profissionais das equipes formalizadas em suas regras internas. |