Resumo: Um seguro de vida típico é concebido sob a premissa de altruísmo do contratante. Seu valor está relacionado à segurança financeira e ao conforto que o pagamento do benefício proporciona à família do segurado falecido. No entanto, com a possibilidade de resgate e altos deságios impostos pela seguradora, emergiu a possibilidade de existência de um mercado secundário, com a emissão de um título – o death bond – lastreado em contratos de seguro de vida, cuja taxa de retorno para o investidor depende da morte do antigo beneficiário. Este trabalho tem como objetivo analisar a viabilidade deste mercado, por meio de simulações da tarifação primária e secundária de seguro de vida, incorporar possíveis falhas de mercado. Foram calculadas as taxas de retorno esperadas pelo investidor em dois cenários: o primeiro com a tarifação baseada em uma tábua de mortalidade padrão e outro utilizando uma tábua agravada para doentes de câncer. Verificou-se que, apesar de no primeiro cenário se tratar de um investimento de pouca atratividade, os resultados obtidos no segundo cenário apontam para a alta atratividade do produto por parte dos investidores, uma vez que o death bond apresenta taxas de retorno bastante altas e reduzidos desvios-padrão. Os resultados obtidos fornecem evidências de existência de seleção adversa neste mercado. |