Resumo: O presente estudo tem por objetivo avaliar, dentre as empresas do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, a significância das diferenças de retorno de ações, em decorrência da identidade do controle e da atuação de familiares do controlador na diretoria. À governança corporativa é atribuída a condição de aumentar a probabilidade dos ofertadores de recursos garantirem para si o retorno sobre seus investimentos. Analisar diferenças de retorno pode contribuir sobremaneira para uma melhor compreensão do tema. Trata-se de estudo descritivo, de natureza quantitativa, envolvendo todas as 107 empresas do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, categorizadas, para fins de pesquisa, em: “controle familiar”, “controle não-familiar” e, dentre as empresas de controle familiar, “com membros da família controladora na diretoria” e “sem membros da família controladora na diretoria”. As informações foram obtidas por meio do acesso aos sítios da BM&FBOVESPA e das organizações analisadas, além do banco de dados Economática®. Os dados foram tratados por meio de estatística descritiva, com uso do método “Teste de Duas Amostras para Médias” e coeficiente de correlação. A pesquisa revelou que a diferença entre as médias das companhias de controle familiar e as de controle não-familiar não evidencia superioridade de retorno, enquanto o coeficiente de correlação mostrou-se fortemente correlato e positivo. Ao se comparar as empresas familiares que mantêm membros da família em cargos de diretoria e as que não os mantém, os testes revelaram que as diferenças absolutas encontradas não são significativas, não impactando em retornos diferentes. Por fim, conjectura-se que não há diferenças significativas de retorno para nenhum dos casos estudados. |