Resumo: Na perspectiva da Teoria da Agência a separação entre propriedade e controle gera conflitos. De forma a permitir a convergência de interesses entre os proprietários do capital e os gestores das organizações, a concessão de stock options para os administradores das empresas tem sido um mecanismo constantemente utilizado. Nesse sentido, os benefícios que os acionistas concedem aos executivos tendem a motivá-los a melhorar o desempenho da empresa. Assim, o presente trabalho teve como objetivo geral verificar a existência de desempenho superior em empresas que concedem opções de ações como forma de remuneração quando comparado com outras companhias que não utilizam esse mecanismo de incentivo. Para atender os objetivos realizou-se uma pesquisa descritiva com utilização da estratégia de levantamento referente ao resultado econômico das companhias brasileiras de capital aberto. A amostra foi composta por 265, 252 e 263 empresas nos anos de 2007, 2008 e 2009, respectivamente, e foi subdividida em empresas que possuíam e não possuíam stock options, comparando os resultados por meio de teste de diferença de médias. Observou-se que, de modo geral, não havia diferença estatisticamente significativa entre os indicadores de desempenho das empresas que concediam e não concediam opções de ações. Conclui-se que a utilização de planos de opções de ações não leva as empresas a apresentarem melhor desempenho que suas correntes que não fazem uso desse tipo de remuneração. |