Resumo: Estudos como os realizados por Levine (2004), Leeladhar (2004), Macey e O’Hara (2003) e Adams e Mehran (2003) assinalam que as instituições financeiras apresentam características distintas das instituições que compõem os demais segmentos da economia. Este artigo se propõe a discutir essas diferenças e analisar se elas justificam a adoção de práticas de governança corporativa distintas entre instituições financeiras e instituições não financeiras no Brasil. Para atingir esse objetivo, foram selecionadas duas amostras, uma composta pelos 15 maiores bancos com informações sobre governança corporativos nos seus sítios na Internet e a outra formada por 15 empresas não financeiras que compõem o nível 2 do Novo Mercado, tendo sido escolhidas variáveis que, de acordo com os resultados de pesquisas realizadas por diversos estudiosos do tema, representam de forma mais fidedigna as principais práticas de governança corporativa. Essas variáveis dizem respeito, primordialmente, às estruturas internas de governança e à propriedade em bloco dos acionistas. O resultado da pesquisa, obtido por meio de testes estatísticos para diferenças de média, revelou que, estatisticamente, pode-se inferir que não há diferenças significativas nas práticas de governança corporativa adotadas por instituições financeiras e instituições não financeiras no Brasil. |