Resumo: Desde que o Protocolo de Kyoto entrou em vigor, em 2005, diversos países passaram a implementar uma política para a redução das emissões de gases efeito estufa (GEE). Desta forma, milhares de empresas tiveram que adaptar seus produtos e processos a fim de reduzir seus níveis de poluição. Novas estratégias visando adquirir diferencial competitivo perante suas concorrentes, a redução dos níveis de poluição e a entrada no mercado de créditos de carbono tornaram-se mais um importante caminho para as empresas maximizarem seus resultados. Uma opção para empresas brasileiras é a venda de certificados de créditos de carbono através da utilização do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O objetivo deste trabalho teórico é discutir como empresas brasileiras podem usar o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo para reduzirem seus custos de transação, ao tempo em que melhoram seus resultados econômicos.
Os custos de transação estão abarcados pelas áreas do direito contratual, economia e teoria organizacional. Ao desdobrar estes campos, percebe-se que as operações envolvidas nos projetos de MDL estão diretamente ligadas às áreas tratadas por Williamson, onde os contratos regem as várias formas de negociação dos créditos de carbono.
Empresas brasileiras podem maximizar seus resultados, através da redução dos custos de transação, a partir da melhoria de seus processos produtivos, do aproveitamento das oportunidades no mercado de carbono e da utilização da governança, evitando que ações visando interesses alheios ao da organização sejam praticadas. A qualidade da informação contábil gerada melhora o nível de governança, ou seja, maior e melhor nível de evidenciação também auxilia na redução dos custos de transação da empresa.
|