Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar se há diferença entre o endividamento e a lucratividade em empresas familiares e não familiares brasileiras, listadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros Bovespa S. A. – BM&FBovespa, que compõem o Índice Brasil - 100. Diversos fatores influenciam a estrutura de capital das empresas, dentre esses são evidenciados pela literatura: as formas de gestão, as características culturais, o estágio de desenvolvimento em que a empresa se encontra. Especificamente nesta pesquisa o foco está centrado na gestão conservadora e a premissa assumida pelo estudo é de que as empresas familiares possuem características aderentes à gestão conservadora e assim, são menos propensas ao risco. Deste pressuposto emergiram duas hipóteses testadas no estudo. A pesquisa desenvolveu-se pelo raciocínio dedutivo e é caracterizada como descritiva, documental e quantitativa. A amostra é composta de 74 empresas e a análise dos dados compreendeu o período de 3 anos, de 2007 a 2009. A coleta de dados partiu da análise de conteúdo das demonstrações financeiras, e a análise dos dados foi efetuada por meio da regressão logística no intento de verificar a associação das variáveis. Após a análise dos resultados, com base nas 219 observações, sendo 58 de empresas sob gestão familiar e 161 não familiar, pode-se inferir que a hipótese H0: a gestão familiar não influencia o endividamento e a lucratividade da empresa foi confirmada; e a hipótese H1: a gestão familiar influencia o endividamento e a lucratividade da empresa foi refutada. |