Resumo: Este trabalho tem por objetivo estudar a relação entre o nível de evidenciação contábil e os custos de capital próprio e de terceiros, pressupondo uma relação inversamente proporcional. Para a escolha da amostra, foram selecionadas 45 empresas que compunham o IBOVESPA de em dezembro de 2009. O custo de capital de terceiros foi captado via base de dados Economática, e o próprio calculado a partir do método CAPM, o qual sofreu ajustes à realidade brasileira, conforme demonstrado em Assaf Neto et al. (2008). A medida da evidenciação se deu em base da métrica captada em Murcia (2009), a qual era composta por 43 itens de análise em relatórios anuais, financeiros e notas explicativas, entre outros. Em relação ao tratamento dos dados, foram feitas duas regressões múltiplas para entender as relações individuais entre os custos de capital e as variáveis explicativas disclosure, ROE, ROA e ativo total (os últimos foram acrescidos para adicionar valor explicativo ao modelo) e a correlação canônica, a qual possibilitou uma visão global das relações entre as variáveis, sendo que como resultados obtidos, a primeira correlação canônica tem coeficiente explicativo de 81.03% do modelo, com a evidenciação afetando ke e kd de forma inversamente proporcional, o que confirma a hipótese H0 formulada (há correlação entre a evidenciação contábil e os custos de capital próprio e de terceiros). |