Resumo: Contemporaneamente, a questão ambiental se intensificou, na medida em que considera a viabilização e manutenção do desenvolvimento sustentável como algo necessário para as futuras gerações. Este trabalho investigou se empresas que fazem parte do ICO2 (Índice Carbono Eficiente) da BM&FBOVESPA possuem custo de capital próprio menor em relação às demais, o que sinalizaria que mesmo segundo os pressupostos da Teoria da Maximização do Valor para os Acionistas, a preocupação ambiental deveria fazer parte das agendas das empresas. Para isso, utilizou-se um modelo que relaciona custo de capital próprio com o disclosure, levando em consideração se determinada empresa participa ou não do ICO2. Para tal modelo, foram adicionadas variáveis de controle para captar: efeito do tamanho da empresa, grau de endividamento, relação entre o preço da ação e o valor patrimonial, práticas de governança corporativa, internacionalização e se a empresa participa de setor regulado. Não foram encontradas evidências de que participar do ICO2 interfere no custo de capital próprio das empresas. Isso não nos permite concluir que acionistas necessariamente valorizam mais empresas com boas práticas ambientais em relação às demais. |