Resumo: Este artigo tem como principal objetivo verificar se o nível de divulgação, referente ao Pilar 3 do Acordo de Basiléia 2, dos bancos públicos é diferente dos bancos privados. Dentro desse contexto, almejou-se averiguar se o nível de divulgação correspondente ao tipo de controle dos bancos (público ou privado) seria um fator de diferenciação, isto é, se existe diferença significativa entre o valor médio do índice de divulgação dos bancos públicos e dos privados nos Relatórios de 2010. Nesse intuito, o trabalho utiliza como metodologia o teste de diferença de médias t de student. Os relatórios analisados foram os Relatórios de Gerenciamento de Riscos previstos pela Resolução CMN n° 3.477/09, que estimula a aderência ao Pilar 3 do Basiléia 2. O nível de divulgação foi mensurado por meio da criação de um índice, que surgiu da aplicação da técnica de análise de conteúdo nos relatórios das instituições financeiras analisadas. Os resultados empíricos revelaram que os bancos privados são tão transparentes quanto os bancos públicos, no que tange as informações recomendadas pelo Pilar 3 do Acordo de Basiléia 2. De forma paralela, tem-se que os índices de divulgação apresentam ainda uma situação regular de transparência, ficando o índice médio de divulgação dos bancos analisados em 42%, para o período de 2010. Um dos gargalos ao melhor nível de transparência no relatório de gestão está relacionado às informações qualitativas, de modo que representam grande parte das informações não divulgadas. Adicionalmente, os resultados indicam que as informações referentes ao Pilar 3 do Acordo de Basiléia 2 são evidenciadas em maior grau no Relatório de Gerenciamento de Riscos do que nas Informações Financeiras Trimestrais. |