Resumo: Os instrumentos financeiros derivativos têm sido mais utilizados, em todo o mundo, desde os anos de 1990, se tornando uma importante ferramenta tanto de investimento como de proteção de crédito. Juntamente com os derivativos, o hedge vem sendo mais utilizado, tendo em vista as crises de mercado ocorridas e volatilidades imprevistas do preço dos produtos. Assim, surge a figura do hedge accounting, uma metodologia que busca trazer maior evidenciação e controle as operações que envolvem investimentos e hedges. Apesar de ser normatizado por órgãos de âmbito nacional e internacional, ele é uma forma optativa de contabilização. Estudos demonstram que países economicamente mais desenvolvidos tendem a utilizar mais a ferramenta do hedge e, por consequência, do hedge Accounting. Com base nisso, busca-se identificar se há diferenças na utilização de derivativos e do hedge Accounting em empresas de países diferentes, porém com ações negociadas em um mesmo mercado. Para tanto, analisaram-se as demonstrações financeiras de 2010 das empresas brasileiras e japonesas negociadas na NYSE, totalizando 25 empresas brasileiras e 15 japonesas. Identificou-se que, com exceção de uma empresa brasileira, todas as outras operam com derivativos e delas, todas utilizam hedge como forma de proteção aos riscos. Com relação ao hedge Accounting, os resultados mostram que, enquanto 42% das empresas brasileiras utilizam tal metodologia para avaliar parte de seus investimentos, 87% das japonesas utilizam. Conclui-se que, no caso dos países selecionados, que as empresas japonesas, representando uma economia desenvolvida, utilizam mais a ferramenta de hedge accounting, assim como suas formas de disclosure, em comparação às empresas brasileiras. |