Resumo: Desde os estudos de Ball e Brown (1968) e Beaver, Kettler e Scholes (1970) vários estudos tem sido desenvolvidos relacionando as informações contábeis ao risco sistemático; a relação se justifica devido à informação contábil ser parte no processo subjacente à formação dos preços dos títulos, logo do risco sistemático. A adoção das IFRSs, gradualmente a partir de 2008 no Brasil, vem gerar uma nova informação contábil, uma informação que representa, normativamente, mais a essência econômica das transações, logo mais próxima, teoricamente, do risco sistemático. Essa pesquisa procurou verificar se há aumento nas correlações entre o risco contábil (beta contábil) e o risco de mercado e (beta de mercado) após a adoção das IFRSs no Brasil. Foi utilizada a correlação de postos de Spearman para a verificação da hipótese levantada. A hipótese foi testada para uma amostra composta de 86 empresas listadas na Bovespa para o período de março de 2006 a junho de 2011. A análise dos coeficientes de correlação de Spearman mostrou que apenas para 3 betas contábeis, dos 48 utilizados, tiveram aumento estatisticamente significante das correlações com o beta de mercado, sendo que para a maioria houve uma queda das correlações. Verificou-se que não somente a crise financeira de 2008 tenha afetado os resultados, mas também a adoção das IFRS, o que é contraditório a teoria utilizada. |