Resumo: O objetivo do trabalho é analisar a percepção de inflação e da correção monetária de balanços entre pessoas de diversas formações. Para tanto, aplicou-se um questionário direcionado para dois grupos: respondentes que possuem formação em ciências contábeis, completa ou em andamento (contabilistas) e que possuem formação em outras áreas de conhecimento (não contabilistas). De tal modo, para os contabilistas questionaram-se aspectos referentes ao fim da obrigatoriedade da correção monetária de balanços, bem como sobre a inflação percebida atualmente. Para o grupo de não contabilistas foram aplicadas perguntas sobre a inflação de uma forma geral. Acrescenta-se, ainda, que em ambos os grupos foram solicitadas opiniões em comum sobre a inflação, com o objetivo de avaliar se há diferença de opinião entre contabilistas e não contabilistas. Os principais resultados demonstram que, para os dois grupos, a percepção é de que existe inflação e de que ela afeta o poder de compras dos participantes. Com relação à correção monetária, a opinião do grupo de contabilistas indica que a inflação impacta os demonstrativos contábeis das empresas e que o fim da correção monetária não foi oportuno. A necessidade de se repassar aos balanços os efeitos da inflação foi entendida como uma ação necessária pelos contabilistas, que concordam que a inflação distorce os demonstrativos atuais. Ademais, 57,6% dos contabilistas indicam que a inflação atual vem sendo compensada nos demonstrativos das empresas atualmente. Finalmente, em termos comparativos, observou-se discrepância na percepção da inflação entre o grupo de contabilistas e não contabilistas e, de maneira geral, entre homens e mulheres que também possuem percepção discrepante sobre a inflação. |