Resumo: Esta pesquisa objetiva analisar possíveis variáveis que justifiquem a escolha entre o modelo de valor justo e o modelo de custo para a mensuração de Propriedades para Investimento, haja vista que a IAS 40 permite a escolha entre esses critérios de avaliação. Considerou-se todas as empresas, disponíveis no Economática®, que mantem Propriedades para Investimento e divulgam informações relacionadas ao método de avaliação. As variáveis Propriedades para Investimento/Ativo Total; Receitas com Alugueis/Receita Total; Alavancagem; ROA e ROE, foram submetidas aos testes não paramétricos de Wilcoxon-Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, para verificar se a escolha entre um método ou outro, resulta em diferenças significativas nas mesmas. Os testes apontaram que, apenas a variável “Propriedades para Investimento/Ativo Total” apresentou diferenças significativas, ou seja, as empresas que escolheram o modelo do valor justo apresentam uma maior proporção de Propriedades para Investimento em relação ao Ativo Total e, portanto, denota-se a necessidade de se divulgar por um valor que reflita as condições de mercado e as perspectivas futuras. Adicionalmente, observou-se descumprimento das exigências pontuadas no CPC 28 (IAS 40) quanto à divulgação do método utilizado (37%); divulgação do valor justo das Propriedades para Investimento, por parte das empresas que optaram pelo Modelo de Custo (65,52%); e dos valores reconhecidos no resultado de receitas de aluguel (57%). Por fim, percebe-se que a flexibilidade quanto ao método de avaliação, aliada às omissões de divulgações e a não observância das normas que tratam do tema, acarretam em perda de comparabilidade, prejudicando assim, os usuários da informação em suas análises e decisões. |