Resumo: O objetivo da pesquisa foi mensurar os efeitos da Tangibilidade e Intangibilidade de Ativos na persistência do desempenho econômico superior das empresas brasileiras de capital aberto. No referencial teórico, foram conceituados desempenho econômico superior persistente e vantagem competitiva sustentável das firmas. Quanto à metodologia da pesquisa, classificou-se como explicativa com avaliação quantitativa de dados secundários. Foram coletadas informações trimestrais de 387 empresas brasileiras de capital aberto no período correspondente entre o 1º trimestre de 1999 ao 3º trimestre de 2010. O método para análise dos dados foi a regressão de dados em painel dinâmico com estimações robustas pelo Método dos Momentos Generalizados. Os resultados evidenciaram que a Intangibilidade de ativos influenciou a persistência do desempenho econômico superior sendo fator de vantagem competitiva sustentável. Houve influência heterogênea da intangibilidade de recursos no desempenho econômico superior e persistente das firmas entre os diversos setores da economia. Não houve influência significativa da Tangibilidade de ativos na persistência do desempenho econômico superior das empresas brasileiras de capital aberto. A Tangibilidade de ativos não foi um recurso superior por não sustentar o valor econômico específico em períodos de tempo. Por outro lado, a Tangibilidade de Ativos foi fator de heterogeneidade na persistência do VEE das empresas quando as mesmas foram separadas por setores de atuação. Concluiu-se que a Tangibilidade proporcionou diferentes influências setoriais, sendo relevantes fontes de vantagem e desvantagem competitiva sustentável para determinados setores e sem efeitos para outros setores. |