Resumo: Este artigo objetivou verificar associações entre o viés cognitivo do senso de controle e estratégias de investimentos das pessoas, partindo-se da premissa de que indivíduos com maiores senso de controle possuem posições de investimentos mais arriscadas, ao contrário daqueles que apresentam menor senso de controle, que tenderiam a serem mais conservadores em suas decisões de investimentos. A relevância do estudo se formalizou pela ampliação do entendimento do comportamento individual dos investidores por meio da inserção de uma variável ainda pouca explorada nos estudos de finanças comportamentais no Brasil. A metodologia foi desenvolvida a partir do cálculo do índice de senso de controle baseado em Mirowsky e Ross (1991) e foi utilizada a técnica de independência medida pela estatística qui-quadrado de Pearson. A amostra final resultou em 225 respondentes. Como resultado, a maioria dos respondentes do grupo com menor senso de controle declarou maior interesse por investimentos em poupança, imóveis e renda fixa, considerados investimentos de baixo risco, enquanto que para todos os investimentos de alto risco (renda variável, títulos privados, ações e mercado futuro) o interesse foi nulo ou pouco. |