Resumo: Polêmico. É assim que se pode qualificar o conceito “valor justo”. A discussão acerca da contabilização plena ao valor justo, principalmente no tocante aos instrumentos financeiros ganha força nos normatizadores internacionais (IASB e FASB). O objetivo principal desse artigo foi estudar as relações dos valores de mercado, dos patrimônios líquidos contábeis e da utilização do valor justo como base única de mensuração para ativos e passivos financeiros nos bancos listados em três importantes bolsas de valores que requerem ou permitem o arquivamento de demonstrações financeiras no padrão IFRS, a BM&FBOVESPA, a LSE e a Euronext no período de 2004 a 2011. Mais precisamente, sob a seguinte ótica: se o uso de uma contabilidade plena ao valor justo torna os patrimônios contábeis mais próximos dos valores de mercado das instituições. Os resultados apontam que o uso do valor justo como base de mensuração única aproxima os valores contábeis dos patrimônios de seus pares de mercado, porém sem significância. Isto é, contabilizar ou não todos os instrumentos financeiros ao valor justo não impacta o patrimônio líquido e o aproxima, porém de maneira muito discreta ao valor de bolsa. |