Resumo: Este trabalho investiga os efeitos na Demonstração do Valor Adicionado (DVA) da reclassificação dos gastos socioambientais, apresentados pelas companhias como componentes da riqueza gerada, em conformidade com as normas contábeis, para componentes da distribuição do valor adicionado. O estudo desenvolveu-se a partir da proposta que buscou investigar quais as condições para que os investimentos socioambientais fossem apresentados como distribuição de valor adicionado na Demonstração do Valor Adicionado. A pesquisa teve como base teórica a teoria da divulgação voluntária, categorizada em pesquisa sobre divulgação baseada na eficiência. Desta forma, realizou-se uma reclassificação dos gastos socioambientais identificados, a partir da análise de conteúdo dos relatórios de sustentabilidade divulgados pelas dez maiores empresas inscritas, conforme o ranking de participação no Índice de Sustentabilidade Empresarial BM&F Bovespa. Após a reclassificação, a empresa que apresentou o maior índice de participação dos investimentos socioambientais, em relação ao valor adicionado, foi o Itáu, com 0,51%, seguido da Vale, 0,47%; Sabesp 0,37%; Natura, 0,27%; Bradesco, 0,24%; CCR, 0,17%; e, Gerdau, 0,02%. A Embraer apresentou um valor insignificante. Apesar da alteração efetuada na DVA de cada empresa não haver sido tão significativa, se comparada a outros valores componentes da distribuição do valor adicionado, os achados da pesquisa apontam para a necessidade das empresas apresentarem informações sobre estes investimentos de forma mais clara. |