Resumo: A gestão de fundos de pensão no Brasil (Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC) está cada vez mais complexa em função de diversos fatores, tais como regulação, expectativa de vida, massa de contribuições, mercados financeiros instáveis e outros riscos associados a este tipo de negócio. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo medir e avaliar o desempenho das EFPC utilizando indicadores contábeis, com apoio da Análise Envoltória de Dados (DEA). Para tanto, foram analisadas informações de 2011, de 160 fundos de pensão listados no site da PREVIC. Para aplicação da DEA, os indicadores Solvência Atuarial (ISA), Solvência Financeira Efetiva (ISFE) e Solvência Financeira Corrente (ISFC) foram considerados como outputs (quanto maior, melhor) e os indicadores Benefícios Concedidos (IBC) e Benefícios à Conceder (IBaC) foram considerados como inputs (quanto menor, melhor). Os resultados mostram que mais de 60% dos fundos de pensão analisados não possuem indicador de desempenho DEA superior a 40. Além disso, observa-se que apenas pouco mais de 3% das EFPC conseguiram alcançar desempenho superior a 90. Observa-se, ainda, que para a melhoria do desempenho, os maiores esforços precisam se dar para aumentar os indicadores ISA e ISFE. Em relação aos fatores determinantes deste desempenho, observa-se que os indicadores input IBC e IBaC e o indicador output ISFC são significativos ao nível de 1%, sendo o IBC o de maior importância. Deste modo, os resultados mostram, de maneira geral, a necessidade de se obter melhores resultados com a gestão dos recursos disponíveis aos fundos, para incrementar o patrimônio de cobertura, melhorando, assim, a capacidade dos fundos em honrar os compromissos assumidos. |