Resumo: RESUMO
Para o cálculo do custo de capital próprio (Ke) é predominante a aplicação do modelo CAPM (Capital Asset Price Model), porém a aplicação deste modelo a mercados emergentes é discutida, uma vez que suas variáveis são baseadas em premissas de mercados considerados integrados. A fim de adaptar o CAPM à realidade do mercado brasileiro os avaliadores adicionam a premissa risco Brasil. O objetivo desta pesquisa é avaliar se as premissas utilizadas para representar o risco Brasil no modelo CAPM são adequadas ao mercado brasileiro. Inicialmente, a pesquisa traz uma análise qualitativa dos laudos de avaliação emitidos com a finalidade de oferta pública de ações (OPA's) no período de 2007 a 2012, com a finalidade de identificar a prática dos avaliadores em relação ao cálculo do Ke assumindo a premissa risco Brasil. Para verificar se as premissas utilizadas como proxy para o cálculo do risco Brasil apresentam dados históricos homogêneos e estáveis foram realizados análises de estatística descritiva, correlação e regressão linear. Os testes foram realizados para às premissas: Retorno de mercado (Ibovespa); EMBI + BR (Emerging Market Bond Index Plus Brazil); taxas livres de risco (título do tesouro brasileiro; e títulos do tesouro norte-americano 10 anos e 30 anos). Os resultados apontaram para a não rejeição da hipótese de que as premissas adotadas refletem o risco do mercado brasileiro, indicando credibilidade na premissa de risco Brasil.
Palavras-chave: Capital Asset Price Model; Custo de Capital Próprio; Risco Brasil; Taxa Livre de Risco, Retorno do Mercado.
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