Anais do XIV Congresso USP de Controladoria e Contabilidade
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RESUMO DO TRABALHO

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Código: 284

Área Temática: Área IV: Contabilidade Gerencial

Título: Análise Bibliométrica sobre Mapas Estratégicos no Contexto Brasileiro e Internacional no período de 1987 a 2013: um estudo à luz da Lei de Lotka

Resumo:
Propsito do Trabalho:
A visibilidade de que a condução estratégica é o principal elo de apoio à condução de bons resultados, contribuiu, para que os conceitos de estratégia tomassem corpo e forma no mundo dos negócios, conforme citam os estudos de Drucker (1977), Porter (1998) e Mintizberg e Quinn (2001), que trazem em comum à identificação de que a estratégia possui um papel diferencial no auxílio às organizações no alcance de vantagem competitiva e atendimento de seus objetivos e metas. À Controladoria, recai a condução das ações estratégicas, sendo os mapas estratégicos, uma potencial ferramenta de apoio à sua implementação, segundo Yu e Kamoche (2011), Rompho (2012) e Markiewicz (2013). Pretende-se responder ao seguinte problema: qual a produção científica nacional e internacional relacionada ao tema mapas estratégicos no período de 1987 a 2013 disponibilizada pelos periódicos das áreas de Administração e Contabilidade? O objetivo geral é realizar uma análise bibliométrica sobre o tema mapas estratégicos, no período de 1987 a 2013 no contexto brasileiro e internacional, promovendo para tal, a aplicabilidade da Lei de Lotka. Os objetivos específicos são: (i) realizar a classificação dos estudos analisados por tipologia metodológica; (ii) analisar a composição da autoria, por gênero e perfil de produtividade dos autores, evidenciando-se a aplicabilidade da Lei de Lotka; (iii) evidenciar a ocorrência de publicação por instituições e/origem do periódico, e, por fim, (iv) relatar os principais conceitos sobre o tema destacados pelos autores nos estudos analisados. A justificativa para realização do estudo sustenta-se na evidenciação do importante papel que possuem os mapas estratégicos no auxílio à gestão das organizações e da necessidade de ampliação da discussão do tema no meio acadêmico.

Base da plataforma terica:
2.1 Mapas Estratégicos A gestão estratégica consiste num processo contínuo e interativo cujo objetivo é o de manter uma organização adequadamente integrada ao seu ambiente. No entanto, a condução da estratégia não é algo simples, exige um compromisso da empresa na adequada canalização de seus recursos humanos, materiais, tecnológicos, e informacionais (CORDEIRO, 2009; LOMBARDI & BRITO, 2010, DRUCKER, 1977). Inibir todos os entraves à implementação da estratégia e promover meios que auxiliem a realização das ações necessárias para que a organização consiga adquirir êxito (KAPLAN & NORTON, 2004; ATKINSON, 2006; BEER & EINSTAT, 2001), deve ser a principal prerrogativa da gestão estratégica, sendo os mapas estratégicos uma das principais ferramentas de apoio nesse processo (SOUZA & CORDEIRO, 2010). Na opinião de Walter, Vedovatto & Bach (2013), Penha e Costa (2012) e Gaio e Duclós (2011), o mapa estratégico pode ser caracterizado como um diagrama que descreve, de forma detalhada, o caminho que será percorrido para o adequado cumprimento da estratégia, mediante a identificação das relações de causa e efeito entre os objetivos estratégicos de uma determinada organização. Explicitando, assim, quais medidas serão necessárias para sua execução, bem como os indicadores que serão utilizados para o monitorização da execução destas medidas, e ainda quais as iniciativas de cada setor envolvido. Em resumo, o mapa estratégico, ajustado à uma estratégia específica, descreve como os ativos intangíveis impulsionam melhorias de desempenho nos seus processos internos das organizações, que exercem o máximo de alavancagem no fornecimento de valor para os clientes, acionistas e comunidades (KAPLAN & NORTON, 2004; SOUZA & CORDEIRO, 2010; ROMPHO, 2012; MARKIEWICZ, 2013). 2.2 A Bibliometria A bibliometria surgiu no início do século XX, decorrente da necessidade de se estudar e avaliar as atividades de produção científica. E pode ser entendida como: “uma técnica quantitativa e estatística de medição dos índices de produção e disseminação do conhecimento científico” (ARAÚJO, 2006, p. 12). Sendo assim, seu papel é contribuir para quantificar o processo de comunicação escrita, valendo-se da análise e avaliação de fontes, temporalidade, produtividade e outros aspectos vinculados a autoria de publicações científicas. Bufrem e Prates (2005) destacam que as principais leis bibliométricas são: a Lei de Lotka (mais comumente utilizadas e relacionadas à produtividade científica), a Lei de Bradford (relaciona-se a análise da dispersão da produção científica) e a Lei de Zipf (que relaciona-se a análise da ocorrência de palavras no texto). Segundo relata Alvarado (2002), a Lei do Lotka surgiu em 1926, a partir dos estudos de Lotka que analisando a produção de estudos de cientistas, estabeleceu os fundamentos da lei do quadrado inverso, afirmando que: o número de autores que fazem n contribuições, em um determinado campo científico, é aproximadamente igual a 1/n² daqueles que fazem uma só contribuição (GUEDES & BORSCHIVER, 2005; ENSSLIN & SILVA, 2008). Na área de administração e contabilidade, verifica-se a existência de vários trabalhos bibliométricos, a exemplo dos estudos de Voese e Mello (2013), Albuquerque, Lima, Rêgo & Carvalho (2013), Souza, Martins, Santos & Vanderlei (2011), Silva e Lunkes (2011), Nerur, Rasheed & Natarajan (2008), que abordam sobre gestão estratégica e controladoria, além dos de Oliveira, Martins, Borba & Silva (2007) e Leite (2008), que trataram sobre os perfis de pesquisadores.

Mtodo de investigao:
Para realização da pesquisa, utilizou-se como população os 61 artigos publicados no período de 1987 a 2013, que traziam em sua temática e/ou assunto a abordagem sobre os mapas estratégicos, em periódicos brasileiros e internacionais, classificados pela CAPES nas categorias A1 a C e na base de dados do Proquest. Os dados foram coletados por meio eletrônico, nos sites dos periódicos analisados, e extraídos com cópias nos formatos Microsoft Word 2010 ou em pdf. As áreas temáticas de correlação utilizadas foram: Controladoria e Gestão Estratégica. Em relação ao conceito, utilizou-se, como ferramenta. de análise, a pertinência de palavras-chaves direcionadoras, as quais dão suporte a melhor compreensão do que foi proposto como definição de mapas estratégicos, sendo estas: comunicar, traduzir, alinhar, transformar/alterar a estratégia e outras abordagens não especificadas. Para classificação dos artigos, segundo a tipologia de pesquisa, tomou-se por base a configuração realizada por Voese e Mello (2013), em que a tipologia metodológica é destacada segundo a abordagem do problema ( estudo qualitativo, estudo quantitativo e estudo quanti-qualitativo), quanto aos objetivos da pesquisa (exploratória, descritiva e exploratório-descritiva) e quanto aos procedimentos (pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, estudo de caso, levantamento/survey, estudos multicascos e pesquisa participativa). Utilizou-se da contribuição da análise de conteúdo para realizar interpretações dos artigos selecionados. Para verificar a produtividade dos autores, conforme a aplicação da lei de Lotka, usou-se como critério a contagem decrescente dos autores por número de artigos publicados, adotou-se, ainda, a creditação completa dos autores que fizeram parte do estudo, de forma individualizada. Para tanto, utilizou-se o software livre Lotka 1.02.

Resultados, concluses e suas implicaes:
O objetivo geral deste trabalho foi realizar uma análise bibliométrica da publicação científica sobre o tema Mapas Estratégicos, no período de 1987 a 2013, no contexto brasileiro e internacional, ratificada através da Lei de Lotka. Especificamente, buscou-se identificar a caracterização dos estudos quanto à tipologia metodológica, o gênero, a produtividade e a instituição/origem, sob a perspectiva de duas áreas temáticas: Gestão Estratégica e Controladoria, bem como realizou-se a análise das principais visões conceituais discorridas sobre o tema. Em relação às tipologias metodológicas quanto aos objetivos e abordagem do problema, notou-se que a maioria dos estudos foram descritivos (57,4%) e qualitativos (88,5%), confirmando, assim, nesses aspectos, com os estudos de Voese e Mello (2013) e Albuquerque et al (2013). Já quanto aos procedimentos, notou-se a prevalência do estudo de caso (73,7%), cujas perspectivas corroboram com os estudos de Souza, et al (2011) e Silva e Lunkes (2011). Concluiu-se também que o gênero masculino prevalece entre os autores (73,3%): e em relação ao número de autores por produção, a concentração dos estudos está entre 1 a 3 autores (86,9%), confirmando-se as características presentes nos estudos de Oliveira et al (2007) e Voese e Mello(2013). Em relação às instituições e origem de publicação, destacaram-se no contexto brasileiro: a Universidade Federal de Santa Catarina e a Universidade do Estado de São Paulo. Já no âmbito internacional sobressaíram a The University of New South Wales e a The Wharton School, como aquelas com maior índice de produção. Percebeu-se que os resultados dos estudos, aqui realizados, diferem dos percentuais estabelecidos pela referida Lei de Lotka. Sendo, portanto, constatado que a maioria dos autores só possui uma publicação sobre a temática (90,7%), aspectos esses corroborados com os estudos de Leite (2008). Já quanto ao conceito trabalhado, notou-se que, a maioria dos estudos, abordam os mapas estratégicos como um instrumento de apoio a tradução da estratégia (34,4%). Em sentido geral, a abordagem sobre mapas estratégicos ainda é um terreno árido de estudo. As poucas publicações existentes, tendem, em sua maioria, a explorar apenas os aspectos estruturais, prendem-se as ações estratégicas sem que façam a integração de seu uso com a controladoria. Nota-se, então, lacunas quanto aos estudos abordando seu uso na controladoria, evidenciando as relações existentes entre as ações estratégicas contidas nos mesmos, os recursos empregados e os efeitos de sua aplicabilidade no plano organizacional. Diante disso, sugere-se estudos que possam ampliar tais perspectivas. Ademais, estudos nacionais com abordagens quanti-qualitativas contribuiriam efetivamente para os estudos acadêmicos, ajudando, assim, a deslocar do eixo puramente estrutural, para análises do desempenho empresarial relacionando com o uso de mapas estratégicos.

Referncias bibliogrficas:
Albuquerque, L.S., Lima, A. P., Rêgo, T. F., & Carvalho, J. R.M. (2013, julho/dezembro). Análise bibliométrica dos artigos sobre controladoria publicados no Congresso USP de Controladoria e Contabilidade no período de 2004 a 2010. Revista de Evidenciação Contábil & Finanças, 1(2), 123-138. Kaplan, R. S., & Norton, D. (2004) . Strategy maps: conting intangible assets into tangible outcomes. Boston. Massachusetts : Havard Business School Press. Markiewicz, P. (2013). Methodical aspects of applying strategy map in an organization. Business, Management and Education, 11( 1), 153-167. Rompho, N. ( 2012). An experiment in the usefulness of a strategy map, Measuring Business Excellence, 16(2), 55 – 69. Silva, F. M., & Lunkes, R. J.(2011, janeiro/abril). Análise dos artigos científicos brasileiros sobre o alinhamento estratégico: um estudo das publicações nos principais eventos de contabilidade no período de 2004 a 2009. Enfoque Reflexão Contábil, 30(1), 35-48. Voese, S.B., & Mello, R.J.G. (2013, janeiro/junho). Análise bibliométrica sobre gestão estratégica de custos no congresso brasileiro de custos: aplicação da lei de lotka. Revista Capital Científico – Eletrônica (RCCe), 11(1). Recuperado em 14 janeiro, 2014, de : http://revistas.unicentro.br/index.php/capitalcientifico/article/viewFile/1995/1972.

 

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