É crescente o interesse por critérios avaliativos de desempenho para as Organizações do Terceiro Setor (OTS), buscando-se estabelecer paradigmas de eficiência e eficácia. Num ambiente competitivo, a captação de recursos é uma das principais preocupações dos gestores dessas entidades. Os doadores de recursos, por outro lado, podem escolher em quais organizações depositarão sua confiança e que, supostamente, corresponderão às suas expectativas. Considerando-se que as OTS captam recursos de fontes públicas e privadas, elas deveriam prestar contas aos seus stakeholders sobre a utilização desses recursos e sobre os benefícios gerados à sociedade. No Terceiro Setor, a prestação de contas limita-se, quase sempre, ao oferecimento de demonstrações financeiras obrigatórias, acompanhadas de informações genéricas e não auditadas sobre as principais atividades sociais. Assim, os doadores de recursos não possuem informações suficientes para avaliar o desempenho das OTS e podem, ainda, estar alimentando entidades que apresentam superávits financeiros, mas que podem ser ineficientes economicamente. Essa situação faz com que recursos escassos sejam alocados para entidades que não representam a melhor opção dentre as disponíveis. O objetivo deste estudo foi o de propor a discussão conceitual sobre os critérios avaliativos de eficiência em OTS, além de explorar o conceito de custo de oportunidade aplicado às decisões de doadores de recursos. Para ilustrar a questão, duas entidades filantrópicas foram comparadas. Diante da carência de pesquisas nacionais sobre avaliação de desempenho de OTS, este trabalho buscou estimular novos estudos num setor que vem ganhando cada vez mais relevância. |