O presente estudo tem por objetivo estabelecer se há alguma relação entre o goodwill adquirido e alguns setores econômicos em as empresas brasileiras atuam. Antes de se proceder à pesquisa empírica, foram abordados: as quatro concepções de goodwill mais divulgadas pela literatura (super-lucros, ativos subavaliado, master valuation account e sinérgico), os métodos adotados nos meios reguladores brasileiros e estrangeiros para sua amortização e algumas evidências que podem sinalizar, ou não, para o relacionamento das variáveis. A amostra coletada é composta das operações de empresas com demonstrações divulgadas na CVM no setor de telefonia, energia elétrica, siderugia e metalurgia, bancos e demais financeiras que, no período de 1997 a 2004, adquiriram investimentos com controle acionário. Aplicou-se então o teste de médias não-paramétrico Kruskal Wallis, que revelou não haver diferenças significativas na proporção do goodwill adquirido sobre o valor dos investimentos entre empresas de diferentes setores econômicos. Os resultados deixam algumas possibilidades, como a de que os elementos criadores do goodwill não são mais ou menos desenvolvidos em um ou outro segmento, ou que embora algumas empresas consigam remunerar seus acionistas acima da média, outras não conseguem, o que tende a nivelar os super-lucros e da mesma forma o goodwill. |