Resumo: O presente estudo buscou fazer um levantamento sobre as principais práticas adotadas no tratamento contábil dado à reavaliação de ativos por empresas que operam no Brasil. Do ponto de vista da teoria contábil e legislação pertinente, a pesquisa utilizou a abordagem bibliográfica. Considerando-se o aspecto empírico, o trabalho foi desenvolvido por meio de levantamento documental a partir de demonstrações publicadas, no período de 1996 até 2004, por 120 empresas que operam no Brasil e fazem parte da base de dados utilizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras - FIPECAFI. Nessas demonstrações, apurou-se o tratamento dado pelas empresas para a reavaliação de ativos, no que tange a periodicidade, forma de realização, contabilização dos impostos e disclosure da informação. Os resultados encontrados mostraram que grande parte das empresas pesquisadas não atende ao que prescreve a legislação relativa à reavaliação. As práticas levantadas indicaram que determinadas empresas podem ter utilizado a reavaliação para melhorar a imagem, adequar índices de endividamento, evitar o aparecimento de Patrimônio Líquido negativo, melhorar resultados através de equivalência patrimonial aplicada nos investimentos de suas controladas e coligadas, dentre outras. Em outras palavras, tudo leva a crer que a reavaliação de ativos praticada no Brasil pode não estar sendo utilizada para atender os nobres propósitos para as quais foi criada. |