Resumo: Em um momento em que existem debates em destaque sobre transparência e ética nas organizações, este estudo teve por objetivo verificar a influência da lei norte-americana Sarbanes-Oxley (SOX) e do Código Civil brasileiro nos sistemas de controles internos de empresas localizadas no Brasil, partindo da premissa de que os referidos controles são a base para a manutenção de boas práticas de governança corporativa, e como ferramenta de apoio à Controladoria para o exercício de suas funções. Para tanto se fez uma pesquisa de campo, utilizando-se como instrumento um questionário enviado para 174 empresas de capital nacional e subsidiárias de companhias norte-americanas com cadastro na Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), do qual obteve-se 48 respostas de executivos de empresas nacionais e norte americanas. Após a coleta e análise de dados, conclui-se que a maioria, tanto subsidiárias norte-americanas como brasileiras, já possuíam sistemas de controle internos eficientes e que tão somente foram aprimorados para adequação às leis. Por outro lado, muitos procedimentos de controle interno foram implantados em função da exigência das leis sob análise, como por exemplo: conferência dos lançamentos efetuados manualmente; segregação de funções; e, formalização dos manuais de normas e procedimentos internos. Além disso, revelou-se que a influência da SOX sobre as empresas brasileiras foi maior do que a do Código Civil, pois se constatou que vários procedimentos foram espontaneamente adotados em decorrência da lei norte-americana. |