Resumo: Aliado às finanças comportamentais e com base no estudo realizado por Shafir, Diamond e Tversky (1997), este trabalho buscou verificar se as pessoas no Brasil percebem as diferenças entre as representações reais e nominais ou se são ofuscados pela ilusão da moeda. O termo ilusão da moeda refere-se a uma tendência de raciocinar em termos nominais, ao invés de pensar em termos reais, na presença da inflação. Para isso, foram aplicados três tipos de questionários, num total de 398 respondentes, para saber se a questão da ilusão da moeda ocorre no Brasil estudando ganhos, remunerações e rendas; transações econômicas; contratos; contabilidade mental; e justiça e moral. A discussão sobre a ilusão da moeda e sua influência sobre o comportamento econômico é interessante num país que teve no passado uma elevada taxa de inflação. Na amostra pesquisada, os resultados encontrados possuem alguns pontos divergentes com o trabalho de Shafir, Diamond e Tversky (1997). Essas divergências podem ser explicadas pelos resquícios da cultura inflacionária que existiu no Brasil. Usando sexo, a posição do aluno no fluxo do curso e a idade como variáveis de controle, encontrou-se uma relação entre o sexo do respondente com a percepção sobre as representações reais e nominais. |