Resumo: O presente estudo tem um caráter exploratório e seu objetivo é entender, à luz da Teoria Neo-Institucional, a adoção de artefatos de contabilidade gerencial no ambiente empresarial brasileiro. Para tanto se utilizou de uma amostra não probabilística de 27 empresas de médio e grande porte para as quais se enviou um questionário estruturado com questões fechadas, construído a partir da Teoria Neo-Institucional e das pesquisas anteriores em Contabilidade Gerencial com o propósito de atingir os objetivos da pesquisa. Os dados obtidos foram analisados com base em técnicas de estatística descritiva e os resultados obtidos permitem concluir que: (1) há uma adoção do tipo cerimonial na implementação dos artefatos; (2) o mecanismo mimético é o mais importante na adoção dos mesmos; (3) a obtenção do conhecimento sobre novos artefatos ocorre preponderantemente pela forma de socialização do conhecimento, (4) as consultorias têm um papel importante na adoção dos artefatos; (5) a imposição dos acionistas é pequena, sendo, portanto minimizado o mecanismo coercitivo, (6) a decisão da escolha dos artefatos é prerrogativa do corpo diretivo e gerencial da empresa. Deve-se considerar a limitação desse estudo em relação ao tamanho da amostra e as técnicas de análise dos dados. Para pesquisas sugere-se ampliação da amostra, viabilizando o uso de técnicas multi-variadas. |