Resumo: A partir do final de 2004 verificou-se no Brasil um expressivo aumento das operações de crédito. Nesse quadro, papel relevante foi desempenhado pelo crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, cujo início se deu naquele ano. No entanto, pouco se tem avançado em estudos sobre o crédito consignado no país. Este trabalho tem como questão de pesquisa investigar se a taxa de retorno obtida pelas instituições financeiras nas operações de consignação de crédito do INSS é a mesma obtida nas operações de crédito consignado para outras pessoas físicas. A novidade da parte empírica desse estudo é a incorporação do custo representado pelo risco biométrico. Para isso é necessário aliar ao cálculo de matemática financeira um exercício de matemática atuarial. Desse modo, calcula-se o que aqui se denomina como Taxa de Retorno Após os Custos de Inadimplência (TRACI), considerando-se o risco biométrico como um possível fator de inadimplência. Compara-se a TRACI das operações de crédito consignado do INSS com operações similares para os servidores públicos da Universidade de São Paulo em algumas instituições financeiras. Os resultados evidenciam que a taxa de retorno obtida por essas instituições é maior nas operações de crédito para os beneficiários do INSS. |