Resumo: Face aos escândalos contábeis ocorridos no mercado internacional houve uma crescente valorização das práticas de governança corporativa. Entre estas se destacam o fortalecimento do papel do Conselho de Administração e a reformulação dos serviços de Auditoria Independente. Este artigo investiga como as características do Conselho de Administração e da firma de Auditoria Independente estão correlacionadas com a propensão para a prática de earnings management no Brasil. Deseja-se testar a hipótese se as boas práticas de governança corporativa, minimizam earnings management. Para referência de boas práticas de governança corporativa observaram-se as sugestões constantes nas Cartilhas da CVM e do IBGC. Como proxy empírica para earnings manangement estimaram-se os Discritionary Accruals. Tendo como fonte de dados principal o sistema Economática e o Relatório sobre Conselhos de Administração da Spencer Stuart. Os resultados indicaram que a tolerância para earnings management pode ser explicada pelo perfil do Conselho de Administração. Adicionalmente, os testes indicaram uma maior permissividade das empresas de auditoria nacionais a prática de earnings management, do que seus pares de origem internacional. |