Resumo: O objetivo do presente trabalho é analisar o nível de comparabilidade das empresas brasileiras, que apuram seus resultados de acordo com os USGAAP, por meio da identificação e tratamento dos principais ajustes no lucro e patrimônio líquido entre as demonstrações contábeis de acordo com os dois conjuntos de normas: BRGAAP e USGAAP, no período de 2000 a 2006. A pesquisa se desenvolveu nas seguintes etapas: quantificação dos ajustes nas demonstrações contábeis de 2000 a 2006, identificação monetária dos ajustes de 2000 a 2006, apuração do nível de comparabilidade entre os ajustes de 2000 e de 2006 e entre os lucros divulgados de 2000 e de 2006. O propósito dos cálculos pontuais (2000 e 2006) foi verificar se houve, ao longo dos 7 anos, aproximação nos números gerados pelas duas normas. O estudo se caracteriza como exploratório e como técnica de coleta de dados adotou-se a pesquisa documental. A classificação dos ajustes seguiu a realizada por UCIEDA (2003) e a apuração do nível de comparabilidade dos ajustes se deu por meio do Índice de Comparabilidade de Gray (1980). Identificou-se que os ajustes que mais afetaram as reconciliações analisadas foram: Combinação de Negócios e Intangíveis. Na seqüência, demonstrou-se que as empresas em sua maior parte, não tiveram seus ajustes comparáveis a 5% e 10% de materialidade, apontando para mensurações materialmente diferentes do lucro/prejuízo líquido apurado segundo os BRGAAP e os USGAAP. O estudo se limitou pelos poucos anos de pesquisa, por esta ser documental e, portanto, dependente da confiabilidade das informações divulgadas pelas empresas e ainda por não ter sido convertidas as demonstrações de forma completa, considerando que nenhum contato foi estabelecido com as empresas. |