Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo evidenciar possíveis influências das reações de afeto no contexto das decisões gerenciais das organizações. As reações afetivas, sejam elas negativas ou positivas, foram introduzidas e pesquisadas no comportamento sob risco tanto no contexto de ganho, quanto de perda, a partir da abordagem da Teoria Prospectiva. O presente estudo foi baseado no trabalho de MORENO, KIDA e SMITH (2002). O foco é ambientado em três cenários de decisões sob o espectro gerencial, principalmente em aspectos que envolvem o orçamento de capital. A amostra foi de 151 entrevistados distribuídos em três agrupamentos. No primeiro deles, denominado grupo de controle, as decisões seriam baseadas em informações cujos cenários apresentavam apenas dados financeiros e de probabilidades de ocorrência. No segundo e no terceiro agrupamentos, grupo de verificação e grupo de interesse, respectivamente, foram acrescentadas variáveis emocionais explícitas aos cenários estabelecidos ao primeiro grupo. Os respondentes do segundo grupo deveriam atribuir um grau de percepção da reação afetiva exposta no cenário; os respondentes do terceiro, tomar decisões dentro do ambiente e dos dados expostos. Os resultados foram tratados em tabelas de contingências. Utilizou-se do teste estatístico do Qui-quadrado (²) para verificar se existiria associação entre reação afetiva e decisão tomada. Concluiu-se que a presença da variável emocional pode influenciar na percepção do risco nas alternativas do cenário. Entretanto, em apenas um cenário, observou-se forte influência das reações de afeto nos resultados obtidos, em que os participantes do grupo de interesse apresentaram propensão ao risco, mesmo inseridos em um contexto de ganho. |