Resumo: O presente trabalho investigou como o grau de conservadorismo contábil utilizado pelas maiores empresas listadas na Bovespa é impactado por uma ressalva no parecer dos auditores independentes. Para testar se o grau de conservadorismo foi maior durante o período que sucede a divulgação de um parecer ressalvado, utilizou-se para os testes uma variação do modelo de Basu, proposta por Lobo e Zhou (2006). Foram coletados dados das empresas referentes ao período de 2000 a 2007, por meio do banco de dados do software ECONOMÁTICA e de levantamento dos pareceres dos auditores independentes divulgados pelas empresas de auditoria. Os resultados indicam que as empresas da amostra incorporam perdas mais rapidamente do que ganhos, ao divulgarem os lucros no período pós-ressalva, indicando maior grau de utilização do conservadorismo contábil. Esta pesquisa contribui para um maior entendimento sobre a influência do auditor independente e das informações geradas por ele (opinião independente das demonstrações contábeis) sobre as demonstrações financeiras divulgadas pelas empresas no Brasil, onde pesquisas empíricas sobre auditoria ainda são escassas. |