Resumo: Nas décadas de 1980 e 1990, instituições financeiras regulamentadoras nacionais, reunidas na Basileia, Suíça, iniciaram a criação de regras para dar maior segurança ao sistema financeiro internacional. A fragilidade das instituições financeiras a elevações nos índices de inadimplência, especialmente em períodos de crise na macroeconomia, foi um dos problemas identificados pelo Comitê da Basileia para o qual era necessário buscar soluções. Com os Acordos de Capital da Basileia I e II, a necessidade de mensurar e gerenciar o risco de crédito passou a ser regulamentada. Os países signatários do Acordo precisavam, então, estimular o desenvolvimento de modelos de gestão de risco de portfólios de crédito, com o objetivo de manter a saúde do sistema financeiro internacional. Este trabalho tem como objetivo investigar o comportamento de um dos principais modelos: o KMV, baseado na formulação teórica de Merton (1974). O estudo pretende verificar o desempenho do KMV – e de uma variação do modelo, criada por Bharath e Shumway (2008) – em uma amostra de carteira com informações contábeis e de mercado das empresas integrantes do índice IBOVESPA, no período entre 2001 e 2010. Através de variações aplicadas nos parâmetros do modelo, a pesquisa também analisa sua performance em diferentes cenários. |