O trabalho apresenta resultados de testes empíricos com modelos híbridos de determinação da taxa nominal de câmbio no mercado brasileiro que utilizam variáveis macroeconômicas e uma variável oriunda da área de finanças conhecida como microestrutura de mercado, o fluxo de ordens. O modelo básico foi inicialmente proposto por Evans e Lyons (2002), com aplicações empíricas às taxas de câmbio DM/US$ e ¥/US$. A aplicação do referido modelo à relação R$/US$ mostrou significância e sinais corretos para os parâmetros estimados, mas apresentou baixo R2, sugerindo que poderia haver variáveis relevantes omitidas. A inclusão no modelo de uma variável adicional, representativa do risco-país, mostra-se significativa e resulta na elevação do R2. A estimação por ARCH/GARCH faz melhorar significativamente os resultados anteriores obtidos por OLS e permite a determinação da volatilidade da taxa nominal de câmbio. Os resultados indicam que, para o mercado brasileiro, o caminho proposto por Evans e Lyons (2002) é promissor, mas a especificação do modelo pode estar ainda incompleta. A relevância do estudo está em trazer, adaptar e testar para o mercado brasileiro uma nova metodologia de determinação da taxa de câmbio. |