Nos anos 60 foi desenvolvido por Sharpe (1964) o modelo de precificação de ativos CAPM. Juntamente com a otimização de carteiras por Markowitz (1952), a teoria de Sharpe (1964) representa a base teórica para a academia de finanças avançada. Os principais testes empíricos para o modelo CAPM são destacados em Fama e Macbeth (1973) e posteriormente em Fama e French (1992). O objetivo deste trabalho foi, baseando-se no encontro de distribuições não-normais no mercado acionário, verificar, através da metodologia de Pettengill, Sundaram e Mathur (1995), quais variáveis estatísticas, juntamente com o coeficiente beta, possuem significância na tentativa de explicar os retornos excessivos oriundos da Bolsa de Valores de São Paulo, ou seja, se as mesmas podem ser consideradas proxys de risco. As variáveis testadas foram curtose, assimetria, beta squared, risco não sistemático e risco total. A conclusão da pesquisa foi que, para o mercado acionário brasileiro, o beta sozinho, estimado com base em séries temporais mais longas, é suficiente para quantificar o retorno cross-section das ações estudadas. A inclusão de novas variáveis estatísticas não resultou em aumento significativo da eficiência na modelagem econométrica. |