O artigo analisa a testabilidade empírica do modelo de Ohlson (MO). A metodologia utilizada contemplou: (i) pesquisa exploratória, quanto aos objetivos do estudo; (ii) pesquisa bibliográfica, quanto aos procedimentos aplicados; e (iii) pesquisa qualitativa, quanto à abordagem do problema. A revisão da literatura abrangeu tanto a origem (desconto de dividendos, avaliação pelo lucro residual etc) quanto a teoria subjacente ao modelo. Em relação à consistência interna do MO, discutiu-se as dinâmicas informacionais lineares (DIL) e a fórmula de avaliação, bem como o estabelecimento das entradas exigidas (parâmetros e variáveis). Estudos empíricos foram analisados, tanto em relação à sua estruturação quanto aos resultados obtidos. O estudo concluiu que: (1) não há consenso na literatura acadêmica sobre o método apropriado de mensurar os parâmetros de persistência; (2) a indefinição da forma apropriada de capturar os parâmetros w e y e a variável impede a verificação do poder explanatório concreto do modelo de Ohlson; (4) a testabilidade empírica é restringida pela ausência de proxies consistentes que consigam capturar a persistência e previsibilidade dos lucros futuros da entidade. |