Dentre os diversos tipos de riscos que as instituições se encontram expostas, risco operacional é sobremaneira uma preocupação recente do mercado empresarial e investidor, decorrente das freqüentes ocorrências de escândalos financeiros em empresas de porte. O estabelecimento da Lei Sarbanes&Oxley está levando empresas à implantação de estruturas de gestão de riscos operacionais, com o intuito de mostrar ao mercado investidor a transparência na gestão organizacional e a garantia de controle na condução dos negócios. No mercado brasileiro de telecomunicações, a preocupação inerente a tal segmento é com o problema da evasão de receitas, sendo o ponto crítico relativo a eventos de perda com fraude por subscrição, o que mais contribui na perda de receita para as empresas do setor. Este estudo buscou, acima de tudo, introduzir o conceito de modelagem e mensuração de risco operacional na indústria brasileira de telecomunicações e identificar a relação existente entre o valor de mercado das empresas de telecomunicações e as variáveis de retorno e preço das ações, os índices IBOVESPA e ITEL, o PIB do País e as perdas agregadas de fraude de subscrição, resultantes da modelagem do VaR Operacional. As instituições que participaram da modelagem estão listadas na Bolsa de Valores de São Paulo e, o resultado apurado de R$ 12,6 bilhões comprova a justificada preocupação das empresas desse setor em encontrar mecanismos na gestão de tal tipo de perda de receita, representando 5% da receita bruta total da indústria. O resultado obtido a partir da análise de regressão demonstrou uma relação pouco significativa entre o valor de mercado do setor de telecomunicações e a variável de perdas agregadas por fraude de subscrição. |