O objetivo deste trabalho é verificar se as companhias abertas brasileiras cobertas pelos analistas financeiros apresentam diferentes níveis de discricionariedade em relação as que não são cobertas. O estudo foi realizado nas companhias abertas brasileiras, nos setores de Mineração, Siderurgia/Metalurgia e Têxtil, com base nas demonstrações contábeis findas entre os anos-calendário de 2000 a 2004. Foram utilizadas as regressões delineadas nos modelos Abnormais Accruals Jones Modificado e Kang & Sivaramakrishanan (KS) para detecção de gerenciamento de resultados. Apesar da existência de evidências empíricas em estudos no âmbito internacional no sentido de que existe menor nível de evidenciação de gerenciamento de resultados entre as companhias abertas cobertas pelos analistas financeiros em comparação as não cobertas, essa hipótese não foi constatada nesta pesquisa. O resultado deste trabalho pode ser explicado pelo fato de que as companhias brasileiras consideram que os analistas financeiros que atuam no mercado local não detectam as práticas discricionárias exercidas pelas empresas, podendo assim ser questionado a qualificação e atuação, sem generalizar, destes profissionais. |