Investiga-se a correlação entre o grau de alavancagem e o beta de todas as empresas não financeiras que compuseram o índice Ibovespa entre dezembro de 1994 e dezembro de 2004. Estimou-se os betas via modelo GARCH-M (dados diários de 02/01/1995 a 22/09/2005) e coletou-se dois indicadores de alavancagem – total (Exigível Total/PL) e financeira (Dívida Financeira Bruta/PL). Testou-se, então, a significância da correlação dos betas estimados com ambos indicadores do ano anterior e do ano corrente através do Teste de Correlação Ranqueada de Spearman. Mesmo considerando transformação Box-Cox, os resultados indicam que não há correlação estatisticamente significativa. Isso sugere que, no período de tempo analisado, a alavancagem, apesar de comprometer a liquidez da empresa, não afetou o grau de exposição das empresas ao risco sistemático mensurado pelo beta. Observou-se, contudo, que o indicador Dívida Financeira Bruta/PL apresentou, marginalmente em comparação com o indicador Exigível Total/PL, maior correlação com o beta estimado; o que aponta para a maior importância do endividamento oneroso frente ao não-oneroso em relação à mensuração de risco. Não houve diferença significativa entre os testes utilizando os indicadores do ano anterior e do ano corrente. |