Resumo: Este trabalho objetivou identificar a percepção de auditores independentes Brasileiros sobre a relevância dos red flags na avaliação do risco de fraudes nas demonstrações contábeis. Para examinar esta questão, elaborou-se um questionário de pesquisa a partir de 6 trabalhos sobre red flags: American Institute of Certified Public Accountants (2002), Conselho Federal de Contabilidade (1999), Albrecht e Romney (1986), Eining, Jones e Loebbecke, (1997), Bell e Carcacello (2000) e Wells (2005). Esses 6 estudos apresentaram um total de 266 red flags. Através de uma análise comparativa, 45 red flags foram selecionados e posteriormente classificados em 6 clusters: estrutura e ambiente, setor/indústria, gestores, situação econômico-financeira, relatórios contábeis e auditoria externa. A amostra é intencional e foi composta por auditores cadastrados no Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON). Um total de 33 auditores, respondeu o questionário. A análise dos resultados evidenciou que cerca de 95,56% dos red flags apresentam um “risco médio” ou “risco alto” processo de avaliação de fraudes nas demonstrações contábeis. Todos os 6 clusters de red flags também apresentaram individualmente uma nota média igual ou superior a 3,35, em uma escala de 1 à 5. |