Resumo: O objetivo deste artigo é analisar o processo de mudanças no arranjo de governança numa operadora de saúde suplementar - Unimed Vitória. Trazemos evidências de que esta operadora tem promovido integração vertical parcial a jusante, desde 1995. Esta seria a resposta para tentativa de hold-up, imposto em circunstâncias pretéritas por uma parte principal de sua rede de credenciados. A incerteza, potencializada pela possibilidade da recursividade do problema de hold-up, se apresenta como principal indutor da integração vertical parcial, mesmo não tendo sido uma estratégia de maximização conjunta dos lucros. Este trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa documental e de campo, em que foram realizados testes estatísticos que avaliam a relação causal entre custos operacionais diretos e o nível de integração vertical da Unimed Vitória. As evidências encontradas, por meio da utilização de regressão múltipla, demonstram que o novo arranjo na estrutura de governança observado atende a estratégica de mitigar a recursividade do hold-up, embora com reflexos nos custos operacionais diretos de assistência a saúde de seus conveniados. Portanto, pode-se concluir que, a integração vertical parcial implicou em elevação dos custos operacionais diretos, ainda que tenha mitigado a recursividade do fenômeno. |