O presente artigo explora a problemática que reside em um dos principais componentes do custo de um plano previdenciário: a premissa da tábua biométrica. Os Planos Geradores de Benefícios Livres, conhecidos como PGBLs, são comercializados pelas Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPCs), fixando-se uma tábua de mortalidade que servirá de parâmetro para determinação do fator para conversão do montante financeiro em renda vitalícia, com possibilidade de reversão a pensão ou outros benefícios, conforme a modelagem do plano. Entretanto, em função, principalmente, da defasagem de tempo entre a data da contratação do plano e a data de início de pagamento dos benefícios, as EAPCs se deparam com a exposição ao risco decorrente da tendência de aumento da expectativa de vida. Nesse sentido, este trabalho busca investigar se a adoção da tábua AT-2000 masculina é uma premissa conservadora. Os resultados dos cálculos efetuados, com base na introdução de projeções de aumento da expectativa de vida na tábua AT-49 e AT-83, ambas masculinas, por meio da metodologia de improvement, sugerem que a tábua AT-2000 Masculina não é tão conservadora como usualmente se imagina no mercado, se supor que a idade média das pessoas que compõem a carteira é inferior a 30 ou 35 anos, aproximadamente.
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